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(ok. eu avisei.)
dizem que quando a gente gosta de alguém, precisa gostar também dos defeitos dessa pessoa. eu sinceramente desconcordo (eu gosto de criar palavras. em breve aqui, a fantástica gramática da língua marianesca).
mas normalmente quando eu gosto da pessoa, eu perco todas as frescuras escatológicas, próprias da raça humana em bom estado de saúde mental (excluir enfermeiras e afins). tá, agora vocês vão pensar bobagem. vão achar que eu curto uma "chuva dourada" e não é nada isso. não tenho nenhuma simpatia por sadomasô.
primeiro, eu aprendi que uma pessoa vomitando precisa de ajuda, ainda mais quando é criança. antes, eu não podia nem ouvir aquele barulho, sabem? o "huãg" (ou hugo, pros íntimos), muito menos sentir o cheiro. mas um dia a luísa ficou doente e eu tava sozinha com ela em casa. a pequena vomitou tudo que podia e eu ali, segurando ela numa boa. e só fui me dar conta que eu tinha vencido minha nojentice horas depois do acontecido. eu ainda não desenvolvi um sentimento maternal, mas fiz um bom estágio.
depois, aprendi que muitas vezes, a gente precisa acodir alguém que grita "deeeeu mããe", mesmo que a gente não tenha filhos. e isso aconteceu inúmeras vezes com meus pacientinhos. durante os estágios, crianças que eu nem conhecia direito me ensinaram a lidar naturalmente com o fato de entrar no banheiro masculino e limpar bundas. hoje isso segue acontecendo, só mudou o banheiro. e as crianças, claro.
nota: há muito tempo, meus pais foram no supermercado
e eu fiquei sozinha com a nathália
(que hoje tem 19 anos). ela resolveu fazer cocô.
eu devia ter uns 11 e, obviamente, não quis limpar ela.
peguei a caixa da minha coleção de gibis da mônica
e larguei na frente dela no banheiro:
-ó! vai olhando isso aí até o pai e a mãe chegarem.
ela ficou, bem quietinha.
depois, eu tive namorados e coisas do tipo. nunca vi como homem vomita! é um porre e uma vomitada. com isso, aprendi também a ajudar de adultos que vomitam. ficava analisando o que saía, ainda, pra o caso do médico perguntar. nunca se sabe. e mandava pra chuveirada depois.
nessa mesma época, desenvolvi um certo apreço por limpar nariz. dos outros. sendo criança e namorado, tiro tatus numa boa. criança normalmente é meio ranhentinha por natureza, mas é só ter habilidade que aquele ranho mais durinho (o pseudo-tatu) fica bem preso embaixo da unha. só tem que cuidar pra não arranhar o septo. e tem que usar o dedo mínimo, porque elas têm uma narinazinha, né! o tatu dos adultos é um pouco diferente, mais consistente. com sorte, consigo tirar aqueles que são durinhos no começo e depois se transformam num fio de ranho... esses são o filé mignon! tirar tatus me causa um certo alívio, sabem? não sei explicar muito bem, mas me dá muito prazer. claro que eu tiro os meus próprios tatus, mas não tem muita graça.
nem vou falar sobre cravos, espinhas, bolhas, cera de ouvido e remelas. todas essas coisas são deliciosas de tirar ou estourar. mas isso é mais básico, nem pode ser considerado escatológico. é praticamente uma questão de higiene.
eu tenho meus nojos, sim. mas de coisas realmente nojentas, tipo mondongo, polvo, azeitona e lagartixas. ARGH!
4 comentários:
eu vou deixar bem claro:
1. a mariana jamais me viu vomitar. aliás, vomitar comigo é raridade. bebo cerveja profissionalmente.
2. a mariana JAMAIS enfiou o dedo no nariz. e nem vai. e nós vamos seguir lutando corporalmente toda ve que ela atacar meus cravos e minhas espinhas. nem sei o que eu quero com uma guria tão nojenta.
Bah, Mari! Que nojo!
Bah, Mari, adorei ler teu blog. E essa agora, dei muita risada ao ler sobre os tatus. hehe... A colega corajosa... Como sempre, escrevendo tri bem. Vou virar fã. Grande beijo. Bia Jobim
Eu nunca fui muito fresca com essas coisas... é claro que eu preferiria não ver ou não ter que limpar... mas se não tem jeito, enfrento numa boa.
Conheço gente que se chega perto, vomita tb. Aí vira um festival, né? :-)
Mais uma pergunta (sempre te perguntando as coisas): o que é mondongo?
Azeitona?! Sério que vc acha nojento?
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