domingo, 25 de dezembro de 2005

ele

Daí chega um dia em que a gente se sente meio bobo por não acreditar mais nele.
E a gente vê ele chegando
Tocando o sino
De barba branca e de saco cheio. de presentes.

E dá um frio na barriga
(A roupa dele cheira a naftalina)

Papai Noel não cansa nunca?
Caminha devagar
Fala devagar
Abraça devagar

O meu coração ainda fica acelerado, devo admitir.
Os meus olhos se enchem de lágrimas
A pequena Luísa segura minha mão com força
Ansiosa pela Barbie Fada (esse ano é pela Barbie Fada)

Mal sabe a pequena que sou eu quem seguro a mão dela
E seguro as lágrimas também

Querido Papai Noel: não quero a Barbie Fada. Nem nenhum outro brinquedo.
Eu me comporto o ano inteiro
pra ver o sorriso da Pequena
pra ver os olhinhos dela brilhando
pra ver o senhor chegando
e levando os meus problemas por um segundo
pra que eu possa novamente ter o direito de me sentir pequena como a Luísa.


~ Não sei da noite de vocês, mas a minha, tenho certeza absoluta, é sempre muito, muito feliz. Porque eu tive a sorte de nascer na melhor família do mundo.

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