quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

2006

(quem fez esse cartão foi o Pedro Marques, designer e meu amigo)

domingo, 25 de dezembro de 2005

Mutig

Tem gente bem mais apavorada que eu por causa do meu curso de alemão que não deu certo.
Tem gente querendo me fazer desistir da idéia de ir viajar SÓ porque eu NÃO SEI falar alemão.

Pra essas pessoas, venho com boas notícias:

minha ERMÃ querida, me tirou de amigo secreto e me deu um incrível dicionário de alemão, com gramática, cores, parte do corpo e mais outras coisas tri úteis.

Agora vai! Vocês vão ver!
Tem até dicas de pronúncia!
(Sabiam que aquele "B" meio style tem som de "ss"?)

Então, fiquem tranquilos! Eu vou me dar bem!

ele

Daí chega um dia em que a gente se sente meio bobo por não acreditar mais nele.
E a gente vê ele chegando
Tocando o sino
De barba branca e de saco cheio. de presentes.

E dá um frio na barriga
(A roupa dele cheira a naftalina)

Papai Noel não cansa nunca?
Caminha devagar
Fala devagar
Abraça devagar

O meu coração ainda fica acelerado, devo admitir.
Os meus olhos se enchem de lágrimas
A pequena Luísa segura minha mão com força
Ansiosa pela Barbie Fada (esse ano é pela Barbie Fada)

Mal sabe a pequena que sou eu quem seguro a mão dela
E seguro as lágrimas também

Querido Papai Noel: não quero a Barbie Fada. Nem nenhum outro brinquedo.
Eu me comporto o ano inteiro
pra ver o sorriso da Pequena
pra ver os olhinhos dela brilhando
pra ver o senhor chegando
e levando os meus problemas por um segundo
pra que eu possa novamente ter o direito de me sentir pequena como a Luísa.


~ Não sei da noite de vocês, mas a minha, tenho certeza absoluta, é sempre muito, muito feliz. Porque eu tive a sorte de nascer na melhor família do mundo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005


So this is Xmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun
And so this is Xmas
I hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young
A Merry Merry Xmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
And so this is Xmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong
And so happy Xmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight
John Lennon - Happy Christmas (War Is Over)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

-oi, vim fazer minha inscrição pro curso intensivo de alemão, agora em janeiro.
-ah, claro, pode preencher essa ficha, por favor.
-(lê os meus dados) ah, vais fazer alguma especialização por lá?
-é, na verdade serão estágios.
-legal. qual cidade?
-munique.
-ah, vais gostar de lá!
-espero.
-e quando tu vai?
-em abril.
-ah, então já tens alguma noção da língua...
-hm. não.
-(olhos arregalados) tu sabe que o intensivo é o nível mais básico né?
-sei.
-(quase desesperada) tu sabe que não vai dar tempo de tu fazer o módulo dois?
-aham.
-(quase me sacudindo pelos ombros) tu vai viajar sabendo o BÁSICO de alemão, sabia?! Alfabeto, dias da semana, números, "oi", "tchau", "bom dia"...só isso...
-sim.
-(senta na cadeira e respira) bom, nós temos professores particulares também...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Pessoas

Eu gosto de pessoas. Principalmente das minhas pessoas. Daqueles que viajam 6, 8 ou até 10 horas pra receber um atendimento de 20-30 minutos em um ambulatório do SUS, onde na sala de espera faltam cadeiras.
E a gente não sabe se dá prioridade praquela senhora de 78 anos que viajou desde às 4 da manhã, ou praquela mãe com o bebê recém saído da UTI, que carrega (de ônibus) um balão de oxigênio que garante a vida do filho.
Eu não sei se gosto mais dos olhos ansiosos que me seguem quando eu chego, ainda com sono, ou se gosto do sorriso tímido que sempre brota no canto da boca, no final da sessão, soando como um alívio.
Não sei se gosto mais quando essas pessoas me emocionam todos os dias com suas histórias heróicas, por vezes inacreditáveis, ou quando dizem, com o maior amor do mundo, que dariam a própria vida pra tirar “aquele tubo da garganta do filho”.
Eu só não gosto quando eu sou obrigada a usar jaleco branco, jaleco esse que acaba funcionando como uma grande muralha no início, distanciando a gente dessas pessoas incríveis. Não gosto quando me chamam de “doutora”. Não gosto quando eles perguntam “quanto é cada sessão?”, não gosto quando eu não posso atender de graça.
Não gosto das expressões “lista de espera”, “não dá”, “não pode”, “não tem leito” e “o SUS não paga isso ou aquilo”, “a agenda tá lotada” e nem “não dá pra fazer”.
Eu gosto do sorriso dos pais quando, depois de meses, conseguimos dar uma colherada qualquer de comida pra criança por onde ela sempre deveria ter entrado: pela boca e não pelo tubo que vai do nariz até o estômago.
Eu gosto do abraço trêmulo dos velhinhos e gosto quando me chamam de “minha filha” e me apertam as mãos como se me abençoassem, me fazendo encher os olhos de lágrimas.
Eu gosto de achar furos nas agendas e atender até mais tarde “só hoje, pra ver se ele melhora mais um pouco”.
Eu gosto tanto, mas tanto do que eu faço que, não fossem as minhas próprias contas, faria tudo de graça. E gosto tanto, mas tanto dessas pessoas que admiro cada uma delas com a maior verdade do mundo.
Eu não tenho muita experiência.
Muitas vezes, eu não sei o que responder pros pacientes, nem pra equipe médica, nem pra família.
Mas eu tenho tanto amor pela minha profissão e acredito tanto nela, que eu saio de lá leve, e com a plena certeza de que eu fiz tudo o que eu podia pra melhorar a vida daquelas pessoas pelo menos por mais um dia. Incríveis pessoas.

Mirandolina

Oh, mas isso é uma maravilha! O excelentíssimo Sr. Marquês da miséria estaria disposto a casar comigo? Acontece, porém, que se ele quisesse, haveria uma pequena dificuldade: EU não o quereria. A nobreza não se adapta à minha pessoa. Todo meu prazer consiste em ver que os outros me adoram, me desejam, me obedecem. Esta é a minha fraqueza. Aliás, tenho a impressão de que é a fraqueza de quase todas as mulheres. Quanto ao casamento, nem se fala: não preciso de ninguém; vivo honestamente e tenho a minha liberdade. Gosto é de zombar destas caricaturas de amantes desesperados. E quero usar todas as artes para derrotar, esmagar e espezinhar aqueles corações bárbaros e selvagens que nos hostilizam. A nós, as mulheres, que somos a melhor coisa produzida na terra pela mãe natureza.

Mirandola - de Carlos Goldoni
Personagem: Mirandolina
Ato I - Quadro I


Paixão por esse texto desde a primeira vez que botei os olhos nele.
Sei decor. Até interpreto se alguém quiser, insistir e fizer muita questão.
E de brinde, faço o cover da Nelly Furtado cantando "I'm like a bird".

...porque eu ando demasiadamente desprendida de tudo e de todos.

domingo, 11 de dezembro de 2005

Wünsch du mir Glück


Eu já havia dito -e provei- que esse blog não é pouca coisa.

Desde que o Outrasmentiras nasceu, tivemos correspondente nos últimos grandes eventos musicais interessantes: Claro que é Rock e o show do Pearl Jam. (Aguardem resenha do show dos Stones em Buenos Aires, em fevereiro).

Então, nada mais normal do que termos correspondente na Alemanha, durante a Copa do Mundo.

Fiquem atentos e comecem a pensar na lista de encomendas. Prometo me esforçar para trazer os pedidos de vocês na mala, além do Hexacampeonato, lógico. Já adianto que não vou trazer nenhuma alemã peituda.

Mas se eu conseguir fazer uma grana extra vendendo latinhas de cerveja, refri e água na porta do estádio, ou sambando em cima do balcão dos pubs de Munique, prometo que trago umas lembrancinhas pra quem provar que ficou com saudades.

Ah, cruzem os dedos pra eu conseguir ficar lá até a Oktoberfest.

domingo, 4 de dezembro de 2005

Flores Partidas


Só o fato de ter o nome do Bill Murray nos créditos já é suficiente pra garantir um excelente filme.

Mais uma vez, o injustiçado Murray dá um show de interpretação na pele do solteirão mulherengo Don Johnston que, já no começo do filme, se depara com uma delicada situação minutos depois de ser deixado pela namorada- recebe uma carta anônima e cor-de-rosa que revela: Don tem um filho.

A partir daí, incentivado pelo vizinho Winston (Jeffrey Wright, igualmente impecável), um etíope fascinado por detetives e viciado em investigar casos policiais, Don vai atrás de cinco namoradas que teve há 20 anos para tentar obter alguma pista sobre o suposto filho.

Flores Partidas (Broken Flowers) possui uma riqueza inumerável de detalhes que fazem toda a diferença: desde a imagem do retrovisor, presente em todas as viagens de Don, até a trilha sonora (Mulatu Astatke, um jazzista etíope misturado com Marvin Gaye e rock alternativo), passando pelo semblante inconfundível de Murray como o "homem de emoções represadas, mas indisposto a romper o dique para deixá-las sair" e participações grandiosas de Sharon Stone e Jessica Lange.

O final surpreende mais pela precisão do que por qualquer outra coisa. O diretor e roteirista Jim Jarmusch consegue finalizar a obra no momento exato, deixando o público com um confortável ponto de interrogação na cabeça.

Uma comédia dolorida ou um drama cômico. Qualquer um dos rótulos cabe, na tentativa de definir a incômoda dor de Don Johnston que, mesmo implícita, pula aos olhos dos espectadores mais sensíveis: em toda sua vida de Don Juan (título que Don abomina durante o filme), nunca conseguiu saber, afinal, de qual das mulheres ele gostou de verdade. Se é que gostou. A frase da namorada, no início do filme, resume a situação: "Don, você me trata como sua amante mas nem sequer é casado."

Da mesma linha de Encontros e Desencontros, Flores Partidas surge glorioso como um road movie onde o protagonista, ao invés de buscar experiências novas, vai reencontrar o passado.

sábado, 3 de dezembro de 2005

E continuaram na cama, deitados um sobre o outro, naquele êxtase que deixa as pernas moles...só que a frase dela soou como uma facada e doeu-lhe o peito... fez ele despertar daquele estado de letargia como num susto.

-Sabe por que eu resolvi voltar atrás dessa vez?
-não...
-É que eu tou indo embora.
-como assim embora?
-eu vou viajar.
-pra onde?
-pra europa.
-quando?
-mês que vem.
-e volta quando?
-não sei se eu volto.

silêncio...

-daí eu pensei que a gente teria que se despedir e...
-eu não quero me despedir!
-nem sempre a gente faz só aquilo que quer. mas olha...eu preciso te dizer uma coisa...é que tem uma frase que eu só falei pra um cara até hoje...e que eu tenho certeza de que eu posso tranquilamente repetir pra ti...

e cochichou-lhe um eu te amo ao pé do ouvido que fez ele se arrepiar e encher os olhos de lágrima.

-eu sei que tu sempre soube disso. mas entre saber e ouvir, tem diferença. e como talvez a gente nunca mais se veja, eu pensei que...
-como assim, nunca mais vamos nos ver?!
-ué, eu não sei por quanto tempo eu vou ficar longe e não sei como vão estar nossas vidas quando eu voltar - SE eu voltar... e mesmo que a gente continue se falando, não é a mesma coisa....a gente vai acabar se distanciando até esquecermos um do outro. isso é natural.

silêncio...
ele envolvia-na com os dois braços ao redor da cintura, como se não fosse nunca mais deixar ela ir embora.

-eu quero que tu lembre dessa frase que eu te disse, tá? eu não costumo dizer isso pra qualquer um.
-eu sei.

Silêncio...

-quando tu terminar de ler o livro que eu te recomendei, tu vai entender por que eu vou dizer isso:

e voltou a aproximar a boca da orelha dele, como se falasse um segredo:

-eu te amei com todo o peso e com toda a leveza do mundo.
-por que tu falou o verbo no passado, agora?
-porque eu não tenho mais tempo de praticar ele.
-tem um mês ainda.
-um mês é pouco...eu pratiquei ele sozinha durante quase um ano...e tem uma coisa... na verdade eu viajo amanhã...tu sabe que eu sempre procuro encurtar as despedidas...
-eu vou sentir saudades...
-promete que vai te cuidar?
-aham.
-tu sabe que amor não morre nem acaba, né?
-não?
-não. ele se transforma em outros sentimentos. que nem células-tronco.
-hmm..então pode se transformar em raiva também? em desprezo?
-pode.

silêncio...

-mas não é o caso. eu vou torcer por ti e desejar as melhores coisas, sempre.
-tá.
-agora me deixa ir.
-espera....
-o quê?
-toma o último gole do vinho pra não ir fora.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

In: sensível

Hoje eu tava conversando sobre talentos e virtudes e depois, como de praxe, segui pensando no assunto e tirando minhas conclusões.
Me dei conta de que eu não tenho nenhum talento pra criar textos e poemas que emocionam e fazem pensar. Mas em contrapartida, tenho talento pra apreciar essas coisas e me emociono com uma facilidade absurda. Consigo apreciar a letra separada da música, coisa que muita gente me recrimina. Às vezes, nem sei do que se trata a letra, mas me arrepio só com a música. Noutras, leio a letra antes de ouvir as notas e já basta pra me encher os olhos de lágrimas.
O rodrigoluiz, dono do blog aí do lado, consegue me atingir em cheio sempre. Não é rasgação de seda, ele sabe que é verdade.
Pink Floyd com Learning to Fly também.
Beatles nem se fala.
Faming Lips com Do you realize?, Fight Test e When You Smile também.
Alphonsus Gimaraens com o poema Ismália.
Ben Folds com quase todas.
Yann Tiersen com a trilha do filme da Amélie...

esses são os principais.

Sendo assim, deixo aqui mais um desses poemas que me arrepiam inteira, porque hoje eu tou tri sensível:

RESSÁBIO
Antonio Augusto Ferreira

Você não abra mais o seu sorriso
Porque eu posso pensar que foi pra mim.
Da outra vez me veio sem aviso
E então meu coração ficou assim

Foi um girar de céu e me bateu na alma,
Me envenenou o sangue, me atingiu em cheio,
E eu fiquei perdido e me sumiu a calma,
Me tremeu a base e me rachou no meio

Este andar de bobo, esta barriga fria,
Esta judiaria de esperar querendo...
E o engolir palavras, me fazer de mudo,
E o sonhar com tudo,mesmo nada tendo

Foi você chegar e me parei aceso,
Foi você sorrir e me cristalizou,
Me frouxou as pernas, me secou a boca,
Me molhou a roupa e me petrificou

E foi você partir, e meu melhor pedaço
Se quebrou em cacos e se foi pro ar.
Agora não me tente irresponsavelmente,
Que eu preciso tempo pra me remendar.

Mas é Claro



Sexta passada me mandei para São Paulo para conferir de perto as atrações do Claro Que É Rock, promovido pela famosa empresa de telefonia celular.

Já no sábado, chegamos ao local por volta das 19:30, estrategicamente a tempo de perder a apresentação da banda Good Charlotte - banda essa que possui um visual mezzo Charlie Brown Jr. mezzo Sérgio Malandro -, porém, ainda deu tempo de ouvir um "good night Rio" antes da saída da banda do palco.

A próxima atração no palco oposto foi a Nação Zumbi. Sempre admirei essa galera de Recife, tão elogiada no mundo todo e semi-ignorada em seu país. A mistura de modernidade, regionalismo, rock and roll e boas letras, credencia a banda como a melhor do Brasil (sem dúvidas) e uma das mais vanguardistas no cenário-rock mundial. Seu show? Excelente, como os outros 5 ou 6 que eu já havia visto deles.

A cada música finalizada, os minutos que antecediam o show tão aguardado por mim diminuiam (sim, eu sou um tiete). Mas como o palco que seria usado pelos Flaming Lips era o mesmo da Nação Zumbi, ainda teríamos um show antes de Wayne Coine e cia se apresentarem. E esse show seria a performance da banda estepe Fantômas, que acabou substituindo de última hora a Suicidal Tendencies. O som do Fantômas, poderia ser definido como diarréia musical ou rock churriu. Mike Patton despejava esquisitíces sem nenhuma idéia boa aparente, apenas tentava ser o mais estranho e esquisito possível. Um dos passatempos que criei enquanto ouvia o show, de costas para o palco era o de descobrir alguma nota musical no meio das músicas.

Enquanto isso, eu, na beira do palco oposto, grito para o líder dos Flaming Lips "uueeeiiniiii", e não é que ele ouve e me abana? Melei as cuecas.

"Quero que vocês contem para todos que não vieram que eu desci de uma nave espacial, dentro de uma bolha, direto nos braços do público". Assim começou o espetáculo em forma de show musical dos Flaming Lips. Wayne cumpriu a promessa e desceu dentro de uma bolha, enquanto a banda tocava Race for the Prize. Paralelo, um telão emitia cores e frases extremamente coloridas e fãs pescados antes do show dançavam em cima do palco vestidos de bichos de pelúcia-gigante. Simplesmente antológico.



Ainda surgiriam ETs, sóis e papais noéis, além da participação de um fantoche cantando Yoshimi, do uso de um teclado de criança para emitir sons de animais, da bazuca de serpentinas coloridas usadas por Coine e das covers de Bohemian Rapsody (que fez o público inteiro se emocionar e dos petardos próprios, os Flaming Lips ainda fariam mais uma cover tocando War Pigs do B. Sabbath, em forma de protesto contr a guedda do Iraque.

O que se seguiu ao show, eu não poderei falar muito, pois fiquei atordoado por um bom tempo. Mas destacaria a saúde do Iggy Pop, que colocou abaixo os espectadores no auge dos seus 58 anos (carinha de 70 e corpinho de 25) com sua calça começando no meio da bunda.

Ainda teríamos a apresentação quase sonsa do Sonic Youth e o vigoroso e testosterônico show do Nine Inch Nails. Mas já era tarde demais, Trent Raznor reclamava demais e tinha angústias adolescentes demais para um senhor que beira os 40.

A alegria venceu a tristeza, mais uma vez.

terça-feira, 29 de novembro de 2005

O show

Eu tentei escrever alguma coisa sobre o show do Pearl Jam, mas não consegui.
Sei que tem um monte de gente em êxtase ainda então, tá aberto o blog pra quem quiser escrever a resenha. É só me mandar por e-mail que eu posto aqui COM OS DEVIDOS CRÉDITOS, porque eu não sou nenhuma pilantra.

A única coisa que eu consigo dizer é:

"TOCA O BOLO, EDDIE VEDDER!!!!!"

domingo, 27 de novembro de 2005

orgulho

Em toda a minha vida de torcedora gremista, não me lembro de nenhum jogo importante do meu time em que a partida tenha sido tranquila, fácil ou, pelo menos, NORMAL.
Não. Com o Grêmio tudo sempre foi dramático, arrastado, sofrido, emocionante ao extremo. Desde partidas do Gauchão até as da Libertadores.
Mas ontem, foi a superação. Um jogo histórico...sobrenatural eu diria.

Mais uma vez, o meu time levou todos os torcedores aos limites dos controles emocional, cardíaco e vocal.
Sorte? Merecimento? Raça? Não tem o que explique. Não se atrevam a querer justificar os acontecimentos.
O tricolor pôs em prova todas as teorias que rondam o futebol e mostrou que sim, tudo é possível até que o juiz apite o final da partida. Aconteça o que acontecer.
Em segundos, tudo se inverteu. E ficou chato até pros comentaristas, que EU OUVI, falaram que terminaríamos o campeonato da série B de maneira melancólica e chamaram o Grêmio de "várzea" depois de toda a confusão que no fim, se tornou pequena diante da vitória heróica.

Esse post não é pra falar sobre a atuação dos jogadores. Nem sobre a confusão e as baixarias. Nem sobre o juiz. Nem se as expulsões foram ou não merecidas, nem NADA desse tipo.

Eu escrevi aqui, só pra reforçar o meu mais profundo orgulho desse time que não se entrega nunca, esteja onde, como e COM QUANTOS estiver.

Salve Tricolor!

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

OutrasMentiras no CLARO QUE É ROCK


Pra quem achou que este era um blog amador, bagaceiro e chinelão, quebrem a cara:

O outrasmentiras terá um correspondente exclusivo no CLARO QUE É ROCK em São Paulo nesse final de semana.
Isso mesmo! Nosso querido Tialerson embarca hoje à noite para sua INDIEada na terra da garoa.

Em breve, teremos resenhas detalhadas sobre os shows, em especial, sobre o show do Flaming Lips!

Do you realize?

PROCURA-SE NA FÁBRICA

Os que já viram, estavam com saudades...os que ainda não viram, poderão corrigir essa imensa falha amanhã!

A banda Procura-se quem fez isso fará show nesse sábado, dia 26, na Metalúrgica Scavone (Plínio Brasil Milano, 1689).
Ingressos a 5 pilas e cerveja a 2.
A partir das 22:30 já dá pra ir chegando.

Apareçam!

É pra beber, cantar e se divertir. Eu garanto.

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Doação de Sangue! (clica aqui)

Tem uma pessoa muito querida minha que tá com leucemia e precisando MUITO de sangue de qualquer tipo!
Quem quiser/puder doar, entra em contato comigo que eu dou as coordenadas mais detalhadas.

Geralzão:

Requisitos básicos:
- Ter entre 18 e 65 anos
- Ter mais de 50 kg
- Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 24h

Local:
Banco de Sangue do Hospital São Lucas da PUC
2º andar
Telefone de lá: 3320.3455

Valeu.

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Sobre os ingressos...


Eu e o Tialerson já garantimos os nossos....

E tu?


* Ei! Acho até que a gente poderia se organizar e fazer uma concentração cervejística antes do show, hein, hein?! O que vocês acham?!
Daí só depois seremos separados pelos BRETES do Gigantinho: Povão aqui>, Burguesia ali>. Farei parte do primeiro grupo, lógico. Sigam-me os bons!

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Me diz o que tu vê aqui


Dica 1: Clica na imagem que ela aumenta de tamanho como num passe de mágica!
Dica 2: Pensa em inglês.

(quem me mandou essa imagem foi o Guto, do blog aí do lado)

Divirtam-se!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

É FATO.

Cartaz muito espertinho na frente do Colégio São Manuel aqui em Porto Alegre:


"DROGAS NA FAMÍLIA?
COMPARTILHE CONOSCO!"



Eu, hein.

(não sei que título colocar)

Daí eu fui cobrar do Tialerson o motivo pelo qual ele está tão poucamente (eu adoro inventar palavras) ativo neste blog.
Segue a conversa:

Magnólia: tu abandonou o blog?
Tialerson: tu não te ligou no meu papel no blog?
Magnólia: deveria ter me ligado? As pessoas acham que eu e o Tialerson somos a mesma pessoa.
Tialerson: foi só pra tu perder o medo de assumir um blog sozinha.
Magnólia: TU NÃO É LOUCO! eu não sei fazer um blog sozinha!
Tialerson: hehehe...tu mesmo se desmentiu com os teus posts...

Quando eu conheci o alter-ego do Tialerson, eu descobri que ainda existem pessoas que valem a pena nesse mundo. Um guri querido, inteligente, me ensinou a lidar com o meu computador de maneira civilizada, tem o melhor gosto musical do mundo, fala sobre QUALQUER assunto, conhece todas as bandas que eu gosto e sempre me apresenta outras que eu não conheço (e eu sempre gosto). Pra ele, eu posso despejar qualquer coisa que se passa na minha cabeça (e não é pouca coisa) que eu sei que ele vai entender e vai entrar no jogo sem me recriminar ou fazer perguntas idiotas.
Nos primórdios ele gostava de me irritar. Ainda hoje ele faz isso, mas agora é de um jeito tão leve, que eu não tenho coragem nem de xingar mais.

Agora, me vem com essa de que só entrou no blog pra me fazer perder o medo de escrever sozinha. Eu tinha medo, realmente...agora passou.
Só eu gostaria muito que o Tialerson escrevesse DE VERDADE aqui também, e não ficasse me engambelando. Porque ele tem histórias ótimas. E quando não tem, ele inventa. Que nem eu.

Eu adoro esse guri pq. ele me faz rir até quando eu tou PUTA DA CARA.

Bom, fica aqui o meu apelo.
Posta, Tialerson!

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Boa dica:

Tá cansado de levar aquele mesmo cd lotado de músicas com "segundas intenções" pra casa da namorada ou do namorado (ou o equivalente a esse posto)?
Kenny G nunca foi uma boa opção, eu sempre falei.
Seal já enjoou.
Sean Lennon não é todo mundo que gosta, daí pode rolar uma má impressão, ainda mais no primeiro encontro.
Air é sempre uma boa opção, pra quem conhece, claro.
Tá, Pink Floyd (assim como Led Zeppelin) é coringa, até quem não conhece gosta. Não tem erro...nunca enjoa mesmo. Pode continuar ouvindo na hora do vamuvê.
Pode continuar ouvindo também Barry white, Marvin Gaye e Isaak Hayes. Mas dá pra variar um pouco, olha só:

Eu tenho aqui uma dica infalível praqueles momentos mais íntimos: caros leitores, gravem STING.


Sim, o cara que teve aquela banda afudê acumula um arsenal infalível de músicas deliciosas pra serem ouvidas na horizontal - e variantes (com uma bela companhia, lógico).

Comecem com a versão de Little Wing, daí dá até pra puxar aquele papinho de quem é entendido de música (sempre agrada): "ó, essa música é do Jimi Hendrix, mas ouve essa versão que é tri boa..."
Sacaram a maldade?

Depois, sigam com I burn for you, Fragile, Be still my beating heart, Tea in the Sahara, They dance alone e Consider me gone, entre outras pérolas.

Pra hora da virada pro lado + cigarro, recomendo Bring on the night. Aposto que vai rolar até "air drums". Essa é mais animadinha, pra ninguém pegar no sono. Afinal, sempre tem um segundo tempo.


E não me venham com aquele cd da CARAS com "as melhores músicas românticas - volume I" que tem Every breathe you take. Esse melô do Big Brother tá mais que manjado e se o teu parceiro tiver mais de 2 neurônios, vai sacar o clichê. E tu não vai agradar.

Vai por mim.
Depois comenta se a minha dica deu certo.

domingo, 13 de novembro de 2005

Tell me what you see

The Beatles - Baby It's You
Album: Please Please Me
It's not the way you smile
That touched my heart
It's not the way you kiss
That tears me apart
Many many, many nights go by
I sit alone at home and I cry over you
What can I do?
Can't help myself
Cause baby it's you
Baby it's you
You should hear what they say about you:
"Cheat! Cheat!"
They say, they say you never, never ever been true:
"Cheat! Cheat!"
It doesn't matter what they say
I know I'm gonna love you any old way
What can I do? Then it's true
Don't want nobody, nobody
Cause baby it's you
Baby it's you
It doesn't matter what they say
I know I'm gonna love you any old way
What can I do? And it's true
Don't want nobody, nobody
Cause baby it's you
Baby it's you
Don't leave me all alone,
Come home
Quando a gente achou que tinha feito tudo e que não há mais nada pra se dizer, Eles aparecem com aquela sequência de frases que parecem ter sido escritas pra gente. Daí, nos resta torcer pra que a nossa tentativa de amolecer aquele coração gelado e cascudo dê certo!
Pra continuar nesse clima rrrrrromântico/dor de cotovelo, queridos ouvintes, mais dicas:
-I'll Get You
-No Reply
-If I Fell
-I Need You
-I Will
E, claro: não deixe de dançar "Here, There and Everywhere" de rostinho colado com sua amada...
De tempos em tempos, mais Beatles pra vocês...fiquem ligados!

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Dále! (CENSURADO)

(este post foi censurado pelo Tialerson. ele falou que iria embora daqui caso eu insistisse em deixar a imagem. como eu gosto mais dele do que do Boca Juniors, eu tirei.)

Agora: ele que venha tocar flauta no MEU time. Aí vai rolar a performance do Body Combat.

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

NÃO MEXE COMIGO.

Desde pequena (não que eu tenha crescido muito), eu sonhava em aprender alguma luta ou arte marcial. Sério.
Já pensei em fazer judô, boxe, karatê e tudo mais.
Mas eu nasci menininha, primeira filha e primeira neta pelo lado da minha mãe.
Daí, ÓBVIO que nunca me colocariam em qualquer um desses negócios PRA MENINO.

Fiz ballet, ginástica olímpica e natação.

Só que eu cresci (não muito) e, agora que já garanti minha feminilidade e delicadeza, pude ENFIM aprender alguns movimentos de socos, chutes, ganchos, cruzada de direita e esquerda, cotovelaços no queixo e até aquele chutão tipo voadora. Sim, eu faço Body Combat! E é a melhor coisa que existe numa academia. É o que realmente me faz ter energia pra (depois de 8 horas de atendimento frenético num hospital) ficar pulando e chutando criaturas imaginárias durante 1 hora e 15 minutos SEM PARAR.
Eu realmente me sinto a quarta integrante d'As Panteras.

A partir de agora, não recomendo mais que discutam comigo. Só pra avisar.


(A foto é pra dar mais medo)


quarta-feira, 9 de novembro de 2005

...e o Tialerson, hein?

Será que sou só eu que sustento essa JOÇA aqui??????

HUMPF!

O cérebro eletrônico

Não que seja inveja, mas tem épocas em que a gente bem que poderia funcionar como o computador.
Queria poder travar e desligar sem ter que dar satisfações. E, depois, quando fosse reiniciada, eu seria dotada de um scandisc que corrigisse todos os erros da sessão anterior que encerrou incorretamente e o melhor: apagasse os erros da memória.
Podia ainda, ter um navegador com um botão "atualizar". (Eu me sinto muito old fashioned em alguns momentos).
O botão "parar" seria outra coisa muito útil. Desistiu? Viu que a faculdade que tu escolheu não era bem isso? Entrou no lugar errado? Caiu de pára-quedas naquela relação doentia? Quer acabar com tudo antes que começe? Clica em "parar" e tudo certo.
Nem vou entrar no mérito dos botões "voltar" e "avançar" porque seria petulância e irresponsabilidade demais poder controlar o tempo.
O histórico atuaria como um: "olha só, tu já entrou nessa e não gostou" ou "te lembra que tu já viu isso e foi legal?". Seria ótimo pros momentos de "esquecimento".
A seção "Favoritos" é como o coração. A gente vai adicionando tudo o que gosta. E fica tudo ali: no lugarzinho VIP. Mas se a gente funcionasse como a máquina, seria bem mais simples excluir alguém de lá. E melhor: sem nenhum ressentimento.
Mas eu faria questão de um bloqueador de popups. Popups são aquelas pessoas chatas que saltam na tua frente quando a gente menos espera. Normalmente ninguém dá a mínima bola pros popups e foge deles o mais rápido possível. Pra evitar constrangimentos: repelente contra chatos.
Eu sei que eu sou exigente, mas só mais uma coisinha: um atalho pro google. Daí nunca mais alguém ficaria boiando nos assuntos.

Mas tem dois botões que seriam os mais importantes: "ir" e "home".
Porque o ser humano só é realmente completo quando tem raízes e asas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Sonhos bizarros - Parte I: Futebolísticos


Eu já sonhei que:

1. eu era goleira do Santos e sofria pra fazer as defesas por causa da minha miopia. Dilema: jogar de óculos não dava (as lentes embaçavam com o suor) e sem óculos eu não enxergava a bola. Foi um jogo tenso.

2. o Platini (foto) recuperou o meu celular roubado e veio de avião, de Belo Horizonte, me entregar pessoalmente o telefone na minha casa.

3. eu jogava no Vasco. Durante a partida, fiz meu 10º gol no campeonato e o 111º na carreira. Apareceu escrito no placar.

domingo, 6 de novembro de 2005

No verão é...

PROIBIDO:

1.Calça Jeans
2.tênis e meia
3.cabelo solto roçando no pescoço
4.leite em temperatura ambiente
5.perfumes doces
6.relógios, anéis e pulseiras
7.um banho só por dia
8.feijão
9.coisas feitas no forno
10.batom escuro
11.cinto
12.gravata
13.camisa manga longa
14.jaquetinha da adidas
15.fritura
16.café
17.ônibus lotado
18.porto alegre
19.moletom amarrado na cintura
20.ficar na frente da churrasqueira assando o churrasco
21.sauna
22.carro estacionado no sol


PERMITIDO:

1.saias, bermudas e vestidos
2.havaianas, sandálias, tamanquinhos e semelhantes
3.piranha (de prender o cabelo), borrachinha de cabelo e passadores
4.leite gelado
5.perfumes cítricos ou uma colônia pós banho
6.escassez de acessórios
7.muitos banhos (de chuveiro, de mangueira, de banheira, de piscina, de chuva, de mar...)
8.salada, gelatina, iogurte (gelado), sanduíche, e frutos do mar
9.sorvete e picolé
10.batom clarinho ou NADA
11.camiseta
12.biquíni e calção de banho
13.grelhados
14.carro com ar condicionado
15.muita água
16.aguar a grama
17.cortar caminho por dentro do shopping só pra pegar o arzinho gelado
18.chopp
19.melancia, chuchu (sim, eu gosto) e outras frutas, verduras e legumes
20.caminhar na beira da praia com os pés na água
21.jogo de taco no final da tarde
22.banho de mar e piscina de noite

Quando eu assinava Capricho sempre tinha umas listas assim. Eram TRI úteis.

Fica aqui minha singela homenagem à revista que me ajudou (durante 5 anos) a entender (?!) os guris, tirou todas as minhas dúvidas (desde como fazer intercâmbio na Austrália e biscoitinhos de natal, até pra que serve o DIU e como limpar o aparelho dos dentes), explicou que existe hímem complacente e que por isso a primeira vez nem sempre sangra e que, DEFINITIVAMENTE, bota de cano curto não combina com mini-saia, dentre muitas outras coisas que merecem um post individual.

Por enquanto: Obrigada, Capricho!


sábado, 5 de novembro de 2005

Em terra de cego, quem tem olho ajuda o narrador.


Do que o ser humano é capaz quando não está sendo observado?
O que são as pessoas quando comandadas apenas pelos instintos?
Do que somos capazes para garantir nossa sobrevivência?
(Não, isso não é o anúncio da nova edição de "survivors" ou "no limite", mas poderia ser)

José Saramago vai muito além da discussão clichê "no fundo somos todos cegos ainda que enxerguemos".
Ensaio sobre a cegueira, relata o caos de um lugar onde toda a população fica cega num piscar de olhos (literalmente) e, um a um, mergulham em uma cegueira branca, contrariando a associação comum dessa deficiência com a escuridão. O desepero aumenta quando os cegos são arrebanhados e levados a um manicômio desativado. Amontoados lá dentro, a única lei que rege é a da sobrevivência.

Diálogos separados apenas por vírgulas, exigem o mínimo de concentração durante a leitura.
Além disso, não existe nenhuma pista histórica que situe o romance, fazendo dele um retrato contundente da condição humana justamente pela ausência de marcadores de tempo, espaço e identidade. Personagens sem nomes, são identificadas por características físicas, profissão ou parentesco. "Todas elas, temem muito mais a revelação do que realmente são do que a sensação de impotência causada pela cegueira".

Leitura maciça, capaz de prender até os leitores mais aéreos e dispersivos (eu) da primeira à última página.

Acima de tudo, uma grande metáfora levada até as últimas conseqüências que faz pensar sobre moral e ética.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Diarinho News


Dois putos caem com 1kg de droga na barriga

Os caras se empapuçaram com o pó do diabo em pleno dia dos mortos. Só podia dar merda

Na tarde de quarta-feira, Anderson David Áries Sena, 19, e Manoel Edvaldo Ortiz Gil, 24, foram grampeados pelos meganhas peixeiros, na divisa de Itajaí com Balneário Camboriú. Os dois safados acharam que por ser feriado, os policiais estariam dormindo, mas tavam errados e se phoderam. Eles estavam em um busão que foi interceptado às margens da BR-101.

Alguém que não vai muito com a cara do Sena e do Gil cagüetou os dois pra PM. E fez um bem à sociedade. É que numa revista normal os caras sairiam de boa, já que os fiadasputa comeram um monte de cápsulas de cocaína, que ficaram escondidinhas no bucho. Mas como os PMs tavam a par de tudo, não teve choro nem vela. Os aviõezinhos do tráfico foram encaminhados pro hospital Marieta Borráuse, pra ser realizada uma radiografia, que constatou que eles tinham comido a porcariada mesmo.

De acordo com os barnabés do Marieta, Sena engoliu 77 cápsulas de cocaína, e Gil se empapuçou com 93. A droga, misturada com bicarbonato de sódio, tá dividida em cápsulas de cinco e oito gramas. Parece pouco, mas se somar tudo, tem praticamente 1kg do pozinho do diabo na pança dos jaguaras.

Os putos estavam no hospital, onde foram submetidos a lavagens até cagar as cápsulas pra fora, igual cabrito. O Sena já botou pra fora as 77, enquanto o Gil mandou 92 e ficou faltando uma baguinha. Os safados iriam ainda ontem fazer um tur e conhecer a delegacia de polícia Federal de Itajaí. Eles vinham de Ponta Porã (divisa com o Paraguai), no Mato Grosso do Sul, e receberiam 800 pila pelo transporte. Vai fazer pilantragem no dia dos mortos dá nisso. É dia de respeito, pô!

Fonte: melhor jornal do universo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Tialerson por ele mesmo - parte 1

* Tinha 6 dedos no pé, chegou à conclusão de que, por ser canhoto, não conseguiria usar o sexto dedo para fazer cruzamentos de efeito nas peladas de sábado a tarde. Passou um ano rapando o desgarrado na laje do quintal de casa por pelo menos meia-hora. Agora desfila graciosamente pelo calçadão de Cidreira com o seu Raider, ostentando seus cinco dedos de cada pé.

* Aprendeu que é coisa de pessoa inteligente falar em terceira pessoa.

Início e fim

Eu sempre fui uma pessoa que nunca teve problemas pra iniciar coisas.
Coisas, quaisquer que sejam: trabalhos, cartas, arrumações extraordinárias no meu quarto, livros, relacionamentos, conversas, academia, projetos científicos...

No início é tudo muito legal e, como eu sempre tive uma mente que meio que se atropela sozinha, pela minha intensa capacidade de imaginação e criatividade (o que nem sempre é bom), começar sempre foi muito tranquilo. Até porque, os meus inícios normalmente são fruto de um surto intempestivo ou um momento de impulsividade.

O problema tá é no fim.
Sim, porque se eu começo 10 coisas ao mesmo tempo (e eu começo mesmo), se eu acabar uma delas é lucro. Eu simplesmente não consigo pôr fim nos meus começos. E isso é terrível.
Eu durmo e acordo pensando nas coisas pendentes. E daí, tudo chega num limite (e o limite pode esperar durante meses) e eu acabo tendo que tomar medidas drásticas.

Por exemplo: meu roupeiro tá um caos há muito tempo. E há muito tempo eu venho dizendo que tenho que arrumar. Bom, ontem foi o limite: abri a porta, enfiei a mão na lateral das prateleiras até chegar ao fundo e derramei todas as roupas no chão. Mas, como era feriado, eu deixei tudo assim no chão mesmo e saí.
Aproveitei o dia.
Quando cheguei, mais à noite, já na porta do quarto vi a cena deprimente: putz. agora serei obrigada a arrumar. Afinal, eu preciso ENTRAR no quarto.
E, enfim, arrumei. Solução: eu mesma me castigo. Porque, eu sou o meu carrasco e meu escravo, meu patrão e minha empregada, o cavaleiro e o cavalo...eu venho sempre de dupla. Mais que isso: eu sou umas quantas.

Tudo piora quando as pessoas começam a te cobrar um fim. E isso acontece, lógico. Nenhum chefe pede um relatório pra daqui 4 meses, por exemplo. E cobranças (inclusive as bancárias) me deixam no último grau de stress. Mas como eu sou minha própria chefe (e não é à toa que eu sou profissional autônoma), não tive muitos problemas com isso ainda.

Eu sempre deixo pra depois o que eu deveria fazer hoje. Isso é mais que comprovado.

Enfim, tem mais coisas caóticas chegando no meu limite.
E depois que eu decido, modéstia à parte, meus finais são sempre imbatíveis. Fica tudo muito bem acabado.

Agora, eu realmente não sei como pôr fim nesse post.
Podia me despedir com uma música (The Doors, por exemplo, falando do Fim), ou com uma mensagem do tipo "amigos são anjos que caíram do céu..." mas até hoje, o melhor jeito que eu encontrei pra acabar as minhas coisas, é o ponto final.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Insustentavelmente Leve


Se "A Insustentável Leveza do Ser" não é a melhor obra da categoria soco na boca do estômago, então eu não sei qual é.
Milan Kundera nos atinge em cheio quando desnuda as relações humanas, instiga a razão dos nossos atos e propõe uma reflexão aparentemente sutil sobre conceitos antagônicos: peso/leveza, forte/fraco, apego/liberdade, guerra/paz.
Tendo a Primavera de Praga como pano de fundo, a obra de Kundera facilita o entendimento de atos e escolhas que, à primeira vista, podem soar como "inconseqüências" mas que são perfeitamente cabíveis dentro da filosofia "só se vive uma vez".
De tão leve, chega a ser insustentavelmente pesado.

Personagens característicos, parecem ser a personificação dos sentimentos mais primitivos da humanidade: quatro extremos; quatro linhas paralelas que, contrariando todas as leis, se cruzam em determinados pontos.

Sobre o filme: Indispensável a leitura prévia. Do contrário, não passa de um aglomerado de clichês num triângulo amoroso superficial.
Elenco de peso: Daniel Day-Lewis, Lena Olin e Juliette Binoche, direção de Philip Kaufman.
Recomendado pra ilustrar o livro. Sempre lembrando que adaptações de livros normalmente pecam pela ausência de detalhes preciosos.

Depois do fim, cai aquela mochila de culpa que a gente normalmente carrega, afinal, "o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento."

Nota: Não confundir com o "ligar o foda-se".

(A imagem que ilustra esse post é do filme, não do livro)

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Senhoras e Senhores...

...é com um largo sorriso que introduzo aqui, Tialerson Ainhanha Rufino, o meu novo parceiro bloguístico!
Prestem atenção quando o post for assinado por ele: é diversão garantida de altíssimo nível!

Tialerson, seja bem-vindo!

domingo, 30 de outubro de 2005

Instruções de uso:

-Qualquer semelhança com a tua vida, será mera coincidência.
-Acreditar em coisas escritas aqui é opcional e não recomendado.