terça-feira, 22 de abril de 2008

Show Genérico

antes de mais nada: eu só fui nesse show por que o vinícius me patrocinou. ele não é amante dos beatles mas é meu. prometo que vou me esforçar para retribuir tudo o que esse ingresso me causou. obrigada, amor.



no último domingo, Victoria McCartney e Mariana Harrison (eu) juntamente com meus pais (no papel deles mesmos) fomos assistir ao show da melhor banda Beatle do mundo.

foi um show delicado, lindo, ameno, arrepiante, emocionante, colorido, brilhante, sorridente e esbravejante. os argentinos realmente se puxaram no objetivo. o john lennon deles é fisicamente quase igual ao original, o paul tem a mesma cara de tolinho porém um pouco mais magro, o ringo é mais gordinho mas ARRASA na bateria e, por vezes, mostra muito mais segurança do que o original, e o george....ah, o geroge....era o mais lindo, charmoso, talentoso, delicioso e com o mesmo sorriso cafajeste do original.

os caras conseguiram uma dinâmica única no palco, associando vídeos com a história dos Beatles, que situava a época do show e dava o tom, com performaces ao vivo que realmente arrepiavam. o meu pai estava visivelmente emocionado, comentando, entre longas pausas (como se ainda estivesse organizando as palavras na mente), como o show tinha revivido alguns sentimentos e sensações de uma época que ele sabia que não mais voltaria.

no outro extremo, eu, que cheguei uns 25 anos atrasada na história, entendendo, enfim, o motivo de eu ser tão apaixonada por esses caras desde que eu nasci, praticamente.

eu sei que eles não eram os beatles. mas, e daí? o legado que eles deixaram é tão genialmente perfeito que continua causando frios nas bocas dos estômagos alheios e falta de ar em asmáticas sensíveis, que nem eu. chorei discretamente, de olhos fechados, imaginando que aquilo tudo foi de verdade, um dia.

ao final de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, liguei pra pessoa que mais merecia ouvir aquilo comigo e fiquei mais feliz quando veio With a Little Help From My Friends em seguida. A Carol é minha primeira Beatle-sister e eu lembrei dela durante todo o show.

quando começou Lucy In The Sky With Diamonds, lembrei direto das minhas irmãs. Foi a primeira música que eu mostrei pra Luísa quando ela tinha uns 4 anos e, minutos depois de saber o que significava esse título, ela me entregou um desenho fabuloso da Lucy, uma menina sentada numa nuvem voando pelo céu, no meio de uma chuva de diamantes. liguei pro celular da nathália imediatamente e ouvi com elas.

ao final, agradeci, entre lágrimas, sorrisos e jatos de berotec.
se existe algum deus, acho que, dessa vez, foi o mais perto que eu cheguei dele.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

miscelânea

há dias eu penso em escrever, mas tem tanto assunto que eu quero dar pitaco e nenum tem nada a ver com o outro. aí eu resolvi simplificar e misturar tudo. então, tenham paciência, que o post é uma bagunça só.

- primeiro, eu quero dizer que eu não aguento mais ouvir falar no caso da criança que foi jogada pela janela. pelamordedeus, acabem logo com isso antes que vire moda, ou que alguém resolva inventar um reality show só de casos escabrosos. como o povo gosta do "quem matou fulana?", credo. já basta aquele programa imoral da globo sobre assassinatos. CHEEEEGAAAAAAAA!


- ainda falando sobre TV mas agora sobre coisas agradáveis: tem um reality show no people and arts que dá todas terça às 21h (com reapresentações em outros horários) que é sensacional. eu não perco um. se chama "Descabelados" é é uma competição entre cabeleireiros experientes. Em cada episódio eles são testados em diferentes provas, uma mais legal que a outra, como: imitar cabelos de famosas, reproduzir penteados de várias épocas, cortar cabelos com diferentes utensílios, colorir, descolorir, inventar. Pra quem gosta de mudar os cabelos toda hora, que nem eu, é uma boa dica. Eu me divirto. Se forem acompanhar, torçam pra Tabatha, ela é a melhor!

- sobre música: há dias eu venho escutando ele. o Ben Folds (Five) é genial. na verdade, ele merece um post exclusivo e vai ter, em breve. mas estou ansiosa em dividi-lo com vocês, então, por favor, ouçam esses youtube com muito carinho e deliciem-se com todo o talento do Ben.
*** eu tive que postar os links pq. o cara que postou os vídeos no youtube desabilitou o embed e eu não achei outro vídeo que não fosse ao vivo. esses são os clipes oficiais.

- http://www.youtube.com/watch?v=G1gq4mQh6UA&feature=related (underground)
- http://www.youtube.com/watch?v=5SfjS6sX97U&feature=related (song for the dumped)

- ainda sobre música: visitem o www.myspace.com/absenceofbr e descubram a melhor banda de rock progressivo da atualidade. em breve post exclusivo aqui, também.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

BAP

essa banda é alemã, de köln (colônia). é a mais afudê, todas as músicas são boas, mas essa é a minha favorita. nunca entendi muito bem o que diz a letra, mas imagino que sejam coisas bonitas porque a platéia canta junto com muito gosto. sim, eu posso estar errada, mas prefiro acreditar que não.

a música faz muito o meu tipo, com uma bateria bem pegada e momentos que alternam partes lentas com quebradeira propícia pra fazer air drums.

divirtam-se.

vulnerável

tudo começa com um arrepio fora de hora
a garganta seca, arranha
o corpo arde em chamas
a cabeça gira, pesa, dói
lágrimas escorrem dos olhos
e tu te sente a criatura mais inútil quando te joga no sofá às 7 da noite e DORME.

... pronto. taí uma bela gripe, daquelas bem completas.


droga.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Seu corpo é um violãão...

Há algum tempo eu postei aqui a minha dificuldade em comprar calças jeans.

Falei sobre ter que reformar todas elas porque pra caber no quadril, ficavam largas na cintura e todo esse blablabla de como as modelagens são inspiradas nas modelos magrelas ou nas americanas e não nas brasileiras.

Pois bem. Eis que, dia desses, leio uma reportagem muito interessante na qual a curvilínea Juliana Paes faz um desabafo igual ao meu. Só que, como ela é a Juliana Paes - rica, playmate, gostosona, musa de cerveja, atriz da globo, sex symbol e cultiva um discreto problema de fala (não, ela não é perfeita, sinto muito), ela foi além da reclamação: criou uma GRIFE onde todas as peças são inspiradas no corpo dela - tipicamente brasileira. As modelagens das calças são mais largas no quadril e fecham direitinho na cintura!

Não, calma. Eu não tou querendo me comparar com a Juliana Paes. Tou falando só da feliz coincidência sobre a dificuldade que temos para comprar calças.

Quisera eu ter o corpão dela, além do dinheiro, claro. Não tendo isso, já fico muito feliz se eu puder um dia comprar a coleção inteira de calças jeans que finalmente ficarão certinhas em mim.

Obrigada, Juliana!




Juliana Paes está preocupada em satisfazer o desejo feminino.
A atriz que investe em novos negócios, como um salão de beleza
e uma grife, agora desenvolveu uma calça jeans adaptada para
a mulher brasileira, o jeans será lançado ainda este mês.
Segundo o jornal O Globo, a morena, se inspirou em suas
próprias curvas, para a confecção das peças. “Tenho dificuldades
de encontrar jeans para mim. Normalmente, ou fica apertado na
coxa ou largo na cintura e tenho de fazer uma pencezinha.
As grifes seguem padrão americano ou europeu,
mas a brasileira é mais curvilínea”, afirmou Juliana.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

cada um no seu quadrado

ah, é engraçado, podem admitir!

só pra começar a semana com bom humor. tenho certeza de que vocês vão lembrar da música por muitos dias...

:)

terça-feira, 1 de abril de 2008

vejo flores em você.

quarta-feira passada eu estava atendendo o meu último paciente quando vejo a secretária passar em frente a minha sala com um arranjo de flores lindíssimo. gérberas vermelhas, laranjas e amarelas, num vaso vermelho, cheio de verdes e cipós decorativos. Olhei aquilo e comentei: "nossa, que lindo! de quem tu ganhou?!"


ela entou na minha sala e me entregou:

-são pra ti.


a última vez que eu havia recebido flores foi quando eu me formei (e aí, sim, eu recebi mais de 30 arranjos, a sala da minha casa parecia uma floricultura, coisa mais linda!).


abri um sorrisão, pedi licença pro meu paciente e recebi as flores feliz da vida. era dia 26, eu não estava fazendo aniversário de namoro, não era meu aniversário, não tinha feito nada pra merecer os cumprimentos alheios, não estava me casando, não era dia dos namorados...fiquei um tempo sem entender.


peguei o cartão e, de cara, reconheci aquela letra. quando eu abri, mal consegui terminar de ler e já tive que conter as lágrimas. acho que foi o cartão mais lindo que eu recebi, com as flores mais lindas, vibrantes e cheias de energia. exatamente como eu precisava.


não havia motivo especial. havia, sim, um sentimento de cumplicidade, parceria, honestidade e muito amor que culminaram naquela atitude que causou inveja em todas as mulheres da clínica, que reclamaram que os maridos/namorados nunca mais haviam mandado flores. e a inveja foi maior ainda quando eu provoquei:

-e não teve nenhum motivo especial...foi só pra dizer que me ama e que está do meu lado.


saí bem feliz, me exibindo até em casa.


aí hoje tive que jogar as coitadas fora, morri de pena. mas guardei o cartão, o vaso e aquela sensação deliciosa de receber flores com o nosso nome.