Não lembro com detalhes, mas tenho alguns flashes muito nítidos na memória sobre a minha primeira ida ao cinema.
Eu deveria ter uns 7 anos...lembro que o filme era “Uma Cilada para Roger Rabbit” e o cinema, era o –infelizmente- extinto Baltimore. Mais precisamente Baltimore 3. Fui com meu pai e minha tia. Consigo lembrar direitinho de algumas coisas do tipo: meu pai estacionando o carro ali na Osvaldo Aranha, o vestido ultramente sexy da Jéssica Rabbit , que eu achava linda e na época, queria ter aquele cabelo por cima do olho e uma piteira charmosa como a dela...(depois daí, eu passaria a confeccionar piteiras de folhas de caderno).
Devia ser Sábado ou Domingo...eu estava muitíssimo feliz, louca pra contar a novidade pras minhas amigas...fiquei maravilhada com o cinema! Não pelo filme, nem pelo Baltimore em si...mas eu acabara de descobrir uma coisa linda e deliciosa que se tornaria, mais tarde, uma das minhas grandes paixões.
Depois desse dia, queria sempre ir ao cinema...daí, então, o Batman (com o Michael Keaton) acabou sendo meu segundo filme, no mesmo Baltimore, com meu mesmo pai que agora não era meu único “super-herói”: o Batman é lindo, sabe fazer tudo, tem um carrão e uma máscara legal! Agora, eu sonhava ser a “Mulher-Gato”.
Pensando bem, meu Super-Pai será sempre meu único herói. Mesmo que ele não tenha um Batmóvel nem uma máscara legal...mas ele sempre consertou meus brinquedos quebrados, me ensinou a música da “Barata diz que tem”, cantava “Gatinha Manhosa” e, o melhor: foi o primeiro homem a me pegar pela mão e me levar ao cinema.
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