quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Início e fim

Eu sempre fui uma pessoa que nunca teve problemas pra iniciar coisas.
Coisas, quaisquer que sejam: trabalhos, cartas, arrumações extraordinárias no meu quarto, livros, relacionamentos, conversas, academia, projetos científicos...

No início é tudo muito legal e, como eu sempre tive uma mente que meio que se atropela sozinha, pela minha intensa capacidade de imaginação e criatividade (o que nem sempre é bom), começar sempre foi muito tranquilo. Até porque, os meus inícios normalmente são fruto de um surto intempestivo ou um momento de impulsividade.

O problema tá é no fim.
Sim, porque se eu começo 10 coisas ao mesmo tempo (e eu começo mesmo), se eu acabar uma delas é lucro. Eu simplesmente não consigo pôr fim nos meus começos. E isso é terrível.
Eu durmo e acordo pensando nas coisas pendentes. E daí, tudo chega num limite (e o limite pode esperar durante meses) e eu acabo tendo que tomar medidas drásticas.

Por exemplo: meu roupeiro tá um caos há muito tempo. E há muito tempo eu venho dizendo que tenho que arrumar. Bom, ontem foi o limite: abri a porta, enfiei a mão na lateral das prateleiras até chegar ao fundo e derramei todas as roupas no chão. Mas, como era feriado, eu deixei tudo assim no chão mesmo e saí.
Aproveitei o dia.
Quando cheguei, mais à noite, já na porta do quarto vi a cena deprimente: putz. agora serei obrigada a arrumar. Afinal, eu preciso ENTRAR no quarto.
E, enfim, arrumei. Solução: eu mesma me castigo. Porque, eu sou o meu carrasco e meu escravo, meu patrão e minha empregada, o cavaleiro e o cavalo...eu venho sempre de dupla. Mais que isso: eu sou umas quantas.

Tudo piora quando as pessoas começam a te cobrar um fim. E isso acontece, lógico. Nenhum chefe pede um relatório pra daqui 4 meses, por exemplo. E cobranças (inclusive as bancárias) me deixam no último grau de stress. Mas como eu sou minha própria chefe (e não é à toa que eu sou profissional autônoma), não tive muitos problemas com isso ainda.

Eu sempre deixo pra depois o que eu deveria fazer hoje. Isso é mais que comprovado.

Enfim, tem mais coisas caóticas chegando no meu limite.
E depois que eu decido, modéstia à parte, meus finais são sempre imbatíveis. Fica tudo muito bem acabado.

Agora, eu realmente não sei como pôr fim nesse post.
Podia me despedir com uma música (The Doors, por exemplo, falando do Fim), ou com uma mensagem do tipo "amigos são anjos que caíram do céu..." mas até hoje, o melhor jeito que eu encontrei pra acabar as minhas coisas, é o ponto final.

6 comentários:

Anônimo disse...

uma coisa que tu tem que acabar urgente é a de usar vírgulas onde elas não existem. isso é o fim. da picada.

mariana disse...

Só pra esclarecer:
1. O blog é meu
2. O texto é meu
3. Consequentemente, as vírgulas são minhas e eu determino o lugar delas.
4. Quem manda aqui sou eu (okey, e o Tialerson)

E, se, continuarem, corrigindo, meus textos, eu, vou, descer, do, salto. Eu, sou, braba. E, apaixonada, por, vírgulas.

Anônimo disse...

a língua portuguesa não é tua. as regras de pontuação não são tuas. ou vai me dizer que tu anda de carro pela calçada também?

mariana disse...

A língua portuguesa é do povo.
(MPRG -Movimento pela Popularização das Regras Gramaticais)

Exemplo: a língua portuguesa não é dos rio-grandinos, entretanto, todo mundo lá fala "tu visse". Isso é muito mais grave que as minhas vírgulas.

Pernósticos e chatos que me desculpem, mas olhemos para os nossos próprios rabos antes de corrigir o próximo.

Fodam-se as regras. Transgredirei todas que forem possíveis. Sempre.

Anônimo disse...

tudo bem. só falta o chapéu coco.

mariana disse...

sim.