quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Mas é Claro



Sexta passada me mandei para São Paulo para conferir de perto as atrações do Claro Que É Rock, promovido pela famosa empresa de telefonia celular.

Já no sábado, chegamos ao local por volta das 19:30, estrategicamente a tempo de perder a apresentação da banda Good Charlotte - banda essa que possui um visual mezzo Charlie Brown Jr. mezzo Sérgio Malandro -, porém, ainda deu tempo de ouvir um "good night Rio" antes da saída da banda do palco.

A próxima atração no palco oposto foi a Nação Zumbi. Sempre admirei essa galera de Recife, tão elogiada no mundo todo e semi-ignorada em seu país. A mistura de modernidade, regionalismo, rock and roll e boas letras, credencia a banda como a melhor do Brasil (sem dúvidas) e uma das mais vanguardistas no cenário-rock mundial. Seu show? Excelente, como os outros 5 ou 6 que eu já havia visto deles.

A cada música finalizada, os minutos que antecediam o show tão aguardado por mim diminuiam (sim, eu sou um tiete). Mas como o palco que seria usado pelos Flaming Lips era o mesmo da Nação Zumbi, ainda teríamos um show antes de Wayne Coine e cia se apresentarem. E esse show seria a performance da banda estepe Fantômas, que acabou substituindo de última hora a Suicidal Tendencies. O som do Fantômas, poderia ser definido como diarréia musical ou rock churriu. Mike Patton despejava esquisitíces sem nenhuma idéia boa aparente, apenas tentava ser o mais estranho e esquisito possível. Um dos passatempos que criei enquanto ouvia o show, de costas para o palco era o de descobrir alguma nota musical no meio das músicas.

Enquanto isso, eu, na beira do palco oposto, grito para o líder dos Flaming Lips "uueeeiiniiii", e não é que ele ouve e me abana? Melei as cuecas.

"Quero que vocês contem para todos que não vieram que eu desci de uma nave espacial, dentro de uma bolha, direto nos braços do público". Assim começou o espetáculo em forma de show musical dos Flaming Lips. Wayne cumpriu a promessa e desceu dentro de uma bolha, enquanto a banda tocava Race for the Prize. Paralelo, um telão emitia cores e frases extremamente coloridas e fãs pescados antes do show dançavam em cima do palco vestidos de bichos de pelúcia-gigante. Simplesmente antológico.



Ainda surgiriam ETs, sóis e papais noéis, além da participação de um fantoche cantando Yoshimi, do uso de um teclado de criança para emitir sons de animais, da bazuca de serpentinas coloridas usadas por Coine e das covers de Bohemian Rapsody (que fez o público inteiro se emocionar e dos petardos próprios, os Flaming Lips ainda fariam mais uma cover tocando War Pigs do B. Sabbath, em forma de protesto contr a guedda do Iraque.

O que se seguiu ao show, eu não poderei falar muito, pois fiquei atordoado por um bom tempo. Mas destacaria a saúde do Iggy Pop, que colocou abaixo os espectadores no auge dos seus 58 anos (carinha de 70 e corpinho de 25) com sua calça começando no meio da bunda.

Ainda teríamos a apresentação quase sonsa do Sonic Youth e o vigoroso e testosterônico show do Nine Inch Nails. Mas já era tarde demais, Trent Raznor reclamava demais e tinha angústias adolescentes demais para um senhor que beira os 40.

A alegria venceu a tristeza, mais uma vez.

2 comentários:

mariana disse...

Ahhhhhhhh que coisa mais afudê!!!!

Uma bolha! Uma bolha! Ahhhhhhhhh!!!

Ahhhhhhhh O Wayne te abanou!!!!

Ai ai...

*magnólia desmaia*

Anônimo disse...

/me olha, não entende, faz cara de "são uns loucos esses romanos" e segue caminhando.