quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Frágil e incompreendida

As minhas férias começam quando a minha família viaja pra praia. Adoro e preciso ficar sozinha por umas semanas.
Daí eu fico aqui trabalhando, enquanto minha mãe e minhas irmãs douram a pele ao sol de Arroio do Sal. Meu pai também fica trabalhando, coitado, pq. alguém tem que sustentar essa mordomia toda.

Essa semana eu fiquei pseudo-sozinha, pq. a minha irmã ficou junto e tal. Mas ela ficou mais tempo na casa do namorado do que na própria casa.

Ontem eu estava sozinha de noite. Fiz uma jantinha delícia e fui tomar banho, pra ver um dvd logo depois.

Eis que o drama acontece: cheguei na área de serviço pra pegar a toalha e me deparei com um MONSTRO do tamanho do meu dedo mínimo: Aham! Uma lagartixa asquerosa no teto. (Quem me conhece sabe que eu tenho pânico de lagartixas).
Eu berrei (impulso) e logo senti as pernas amolecerem...(eu fico meio paralisada e tal, o que me impede de fugir nesses momentos).
Mas eu tentei respirar fundo e manter a calma, só que pra piorar a situação que tava quase sob controle, sinto algo caindo na minha cabeça...olho pra cima e...UFA...a bicha tá ali, porém....SEM O RABO!
Quando juntei os fatos e me dei conta que o que tinha caído na minha cabeça era o RABO, eu me joguei no chão como se tivesse tendo um ataque epilético e não tinha coragem de tocar nos cabelos. Eu me debatia e sacodia a cabeça como um metaleiro em êxtase e vi o troço cair no meio da cozinha.
Nesse momento, eu chorava copiosamente, me sentindo frágil, desprotegida e abandonada.

Fiquei ali, sentada no chão por uns minutos até conseguir me levantar pra tomar uma água e me acalmar.
Me recompus como deu e, corajosamente, voltei pra pegar a toalha que tinha ficado pendurada. O rabo da medonha ficou na cozinha e eu fui tomar meu banho. Depois, varri aquele coisa nojenta e joguei no lixo.
Fiquei durante uma hora, mais ou menos, em estado de choque deitada na cama e sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto sem que eu fizesse força.

Não é frescura.
É pânico, mas ninguém me entende.
Foi horrível.

4 comentários:

Anônimo disse...

que fiasco.

alguém já te chamou de lagartixa e te jogou contra a parede?

mariana disse...

se esse aí não fosse pseudo-anônimo e se eu não fosse uma moça de família, uma dama, recatada, comportada, elegante, de bons modos, educada, discreta e fina, eu entenderia isso como uma insinuação ou até como um convite.

mas nesse caso, me resigno a dizer que isso não é pergunta que se faça.

Bueno disse...

Essa resposta tá com cara de "sim".

mariana disse...

não.