domingo, 27 de maio de 2007

eu sei.

não tenho atualizado isso aqui com frequência. mas tenho um motivo bem simples: falta inspiração. sim, exatamente. a mesma coisa que me fez desativar o blog por uns tempos. reativei achando que eu ia conseguir escrever, mas....não.

às vezes eu até penso "bah! vou escrever sobre isso!", mas na hora eu travo e acabo nunca escrevendo nada. não tenho vontade.

ainda bem que o meu inferno astral tá chegando ao fim. pode ser que tudo melhore depois do meu aniversário e eu volte a ter idéias como antes. ou não.

o fato é que eu tenho me sentido bem rasa, quase vazia.

é. eu ando bem chata.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Extreme Makeover - Reconstrução Total

Quem me conhece já sabe que eu não sou um exemplo de organização. Não que isso possa ser traduzido como irresponsabilidade, mas eu tenho extrema dificuldade em manter coisas arrumadas.

Só que isso pode tomar proporções enormes. É o que está acontecendo comigo. Dizem os especialistas que o nosso quarto (ou casa) é o reflexo de como está a nossa vida. Muito certo. Na última semana a faxineira precisou jogar minhas coisas pra fora do quarto pra poder entrar e passar o aspirador de pó. Eu não me orgulho e nem acho bonito dizer isso, mas também não tenho vergonha.

Eu tenho trabalhado muito, muito mesmo e quando eu chego em casa tudo que eu tenho vontade de fazer é tomar banho, comer e dormir. E era isso que eu fazia. Eu sei que muita gente trabalha muito mais do que eu. Mas essas pessoas se adaptam a esse tipo de vida meio desumano que insistem em pregar como "consequências do mundo moderno", eu não. Tudo o que eu sempre abominei, tava aparecendo lentamente na minha frente: a minha vida estava se resumindo ao meu trabalho, as pessoas exigindo cada vez mais de mim e eu tou virada num trapo. Trabalhar com crianças todos os dias, é gratificante, é maravilhoso. Mas é ao mesmo tempo cansativo, devastador.

Tudo o que eu não quero na minha vida é "não ter tempo". Eu já tenho experiência mínima de vida pra me dar conta de que tem muito mais vida além da vida. Aprendi da pior forma possível que as coisas não têm dia nem hora certa pra acontecerem. Eu não consigo ser "domesticada", preciso de espaço pra respirar e cometer pequenas "loucuras", como fugir da clínica por 15 minutos só pra tomar um cafezinho.

Sempre fui muito tranquila, muito calma, muito lenta pra seguir esse ritmo frenético que é comum nos dias de hoje. Comecei a ter dores inexplicáveis pelo corpo: coluna, pescoço, estômago, cabeça, e uma gripe que ainda não foi embora.

Na última quinta-feira, eu surtei. De verdade. Desmoronei feito um pudim de leite condensado. Joguei tudo pro alto, me encolhi no colo que eu ganhei e pedi ajuda. Joguei a toalha, porque eu sabia que não conseguia mais levar as coisas do jeito que estavam. Eu cheguei num nível de stress tão alto que até eu me apavorei comigo. E pela primeira vez tive medo de ficar sozinha em casa.

O stress pode se manifestar de diversas maneiras. Em mim, ele apareceu como um misto de medo, carência e me deixou vulnerável. Esse final de semana fiquei em casa e consegui me reorganizar, ou pelo menos comecei.

Eu ainda tenho vontade de sair gritando, mas depois que eu sonhei com o Ty (foto), o líder daquele programa "Extreme Makeover" que dá no People & Arts (canal 52 da NET) entrando na minha casa aos berros, dizendo que tinha chegado a minha vez, eu relaxei. É um sinal de que a casa velha foi derrubada. E que, em breve, terá uma novinha em folha construída em cima.


segunda-feira, 7 de maio de 2007

TÍTULO

BI-CAMPEÃO GAÚCHO FGF
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Segunda, 8:30
- pai, me dá uma carona até o olímpico pra eu comprar meu ingresso de quarta?
- dou, mas não volto pra casa antes do almoço.
- putz. aí não. vou ter que pegar 2 ônibus pra voltar pra casa, na chuva. e tenho que tar em casa antes das 13h.
- ah, minha filha...esse é o ônus de ser gremista...se tu fosse colorada, neste momento tu podia estar de férias e ficar dormindo até mais tarde.
*
Domingo, 19h
-mãe, tu viu que o Enéas morreu?
- putz. se ele fosse presidente teríamos feriado amanhã.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Da série: coisas que eu gostaria de ter inventado.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu, sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente, não podia.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. (...)

(Mário Prata)
Como não sou a autora, me contento com uma colaboração. Permita-me, Mario Prata:
Ciúme é o cão de guarda brabo e egoísta que a gente coloca na porta de entrada do amor. Tem quem coloque um pincher, tem quem coloque um pitbull.