- e então, como foram as férias?
- ah, muito boas, fui pra praia.
- ah é? qual praia?
- balneário gaivota, em santa catarina.
- ahh que legal!
- bah, nem consegui ir na aula segunda. desde sexta só futebol de dia e festa de noite.
- hmmm
- ah, fiquei com uma guria.
- é mesmo?
- é, teve uma festa na casa de um amigo meu.
- mas e a tua namorada? não ficou braba?
- ah, ficou. mas eu não contei pra ela.
- e como ela sabe?
- ficou sabendo por outros. mas ela já tava braba comigo porque eu fui pra praia.
- mas e tu não vai falar com ela?
- vou, claro!
- e o que tu vai dizer?
- ah, que essa outra aí eu só dei uns beijinhos, foi uma noite só. ela até nem era bonita. vou dizer que eu gosto mesmo é dela.
- e se ela continuar braba?
- ah, eu resolvo isso. escrevo um cartão, dou um bombom. tenho até um colarzinho com o nome dela ó! daí ainda convido ela pra passar o verão comigo lá na praia. sei que ela vai gostar de mim de novo.
- aham.
.
essa conversa não teria nada de mais se quem tivesse conversando comigo não fosse um paciente meu, de 11 anos. ONZE ANOS, vocês leram bem!
depois dessa, eu definitivamente dei o braço a torcer. essa canalhice de "eu traio e depois (penso que) conserto" é parte da estrutura genética masculina.
onze anos...puta que pariu!
3 comentários:
Esse discurso de código genético e a tua vocação pra amélia não são uma boa combinação.
Desfaz de um desses dois conceitos. ;)
desfaço o meu de amélia, então. eu não sei cozinhar mesmo, isso já são vários pontos a menos.
mas o do código genético só desfaço quando me provarem o contrário. aí eu mordo a língua.
...e a predisposição feminina a cair no papo masculino é genética, também?
falando sério, é foda mesmo. 11 anos. ONZE ANOS E... já tão namorando? que perda de tempo.
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