sem capricho.

eu resisti enquanto pude.

foi com muita, mas MUITA dor no coração que me desfiz da minha coleção de revistas capricho. fui assinante de julho de 1993 até dezembro de 1997. dos 11 aos 15 anos. a fase crítica de mudanças na vida da gente.

a capricho foi fundamental na minha vida. falava de moda, de assuntos sérios e polêmicos, de meninos, das dúvidas das meninas, de sexo, dava dicas pro verão, pra viagens, tinha a letra da música e o "gato" do momento e os clássicos testes nas últimas páginas. e volta e meia ainda tinha guias especiais, revistinhas anexadas com temas super legais, tipo profissões.

nunca vou me esquecer de ver a gisele bundchen com uns 14 anos abraçada na oncinha ou a taís araújo adolescente nem a alinne morais esquisitona (pasmem!) fazendo mil poses de modelete.

nunca vou esquecer da revista especial do Bon Jovi que me fez alimentar um amor platônico
durante um mês inteiro, depois de passar a febre Keanu Reeves, claro, pois o próximo muso seria imbatível...quem, quem?? Johnny Depp.

algumas coisas marcam a nossa vida. a capricho vai ficar pra sempre guardada no meu coração. foi a minha melhor amiga durante quatro anos. admito que chorei um pouquinho enquanto relia algumas coisas antes de colocar na caixa. e o nó na garganta permanece.

tomara que quando eu tiver uma filha exista um revista legal assim. a capricho de hoje tá horrível. o mundo de hoje tá horrível, os adolescentes são chatos. quero que a minha filha passe tranquilamente pela adolescência que nem eu e que ela entenda que, definitivamente, botinhas de cano curto NÃO COMBINAM com saia!

ah, sim. eu guardei a primeira edição. não consegui ser tão desprendida assim.
Algumas capas que eu consegui:

Gisele Bündchen

Alessandra Ambrósio

Sandy com a mesma cara de sempre

Alinne Moraes