segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Feliz Aniversário!

Quando eu tinha 9 anos, ganhei um diário. Verde. Com chave e tudo.
Tenho até hoje, escondido bem no fundo do armário. Nunca ninguém leu. Descrevi meu primeiro beijo. Registrei as primeiras decepções "amorosas". (Mal sabia eu o que vinha depois...)

Hoje, 15 anos depois, a mesma história se repete. Só que agora, o diário é público.

Há exatamente um ano atrás, fruto de um ato intempestivo, nascia esse blog.
Precisei de um empurrão do meu maior cúmplice, o Thiago. Eu sempre tive vergonha, medo e uma discreta aversão a toda essa coisa de auto-exposição.

Mas, ele me mostrou que não era tão ruim assim.
Saiu de fininho e me deixou aqui sozinha. (é sempre assim, os homens somem e nos deixam sozinhas, sem ajudar na criação...sou praticamente a mãe solteira do blog.)

Então, eu fui escrevendo, escrevendo...mostrando a cara e metendo o bedelho em tudo que eu achava que devia.
Falei mal, falei bem, escrevi bobagens, mentiras, falei sobre vícios, ressacas e delírios. mas escrevi também coisa bem verdadeiras.

Um ano depois, eu tenho medo do meu arquivo ali no canto direito. Muitas vezes nem me reconheço nos meus próprios textos. Culpa desse monte de gente que me habita e faz de mim essa pessoa inconstante e até meio inconsequente.

Não sei se esse lugar ainda vai existir daqui 1 ano.
Não importa.
Ele já foi muito importante pra eu descobrir que mesmo sem talento e com excesso de vírgulas, eu escrevo porque eu gosto. Quem quiser, continue à vontade. Ultimamente tenho sofrido de falta de inspiração e idéias, mas ele vai....meio capenga, mas segue o baile.

Muito obrigada.

Agora, soprem a velinha comigo e façam o pedido.
A Bridget Jones aqui, vai pedir secretamente pra que todos os Daniel Cleaver sumam do mapa. E que fique só um Mark Darcy.


sábado, 28 de outubro de 2006

Telefonema

-alo?
-mariana?
-sim, quem é?
-chico.
-chico, querido!
-morena, escrevi mais uma coisa pensando em ti.
-em mim?
-é. A conversa naquela noite me inspirou.
-conversa? Ah...sobre as coisas que eu te contei?
-é. Eu senti que tu precisava de um “puxão de orelhas”. Olha, foi o que eu te falei naquele dia...te conheço há tempo suficiente pra saber que toda essa coisa ta te deixando séria, amarga, pessimista e irreconhecível e que tu fica muito mais bonita quando diz que ainda acredita no amor e insiste em me puxar pra um banho de chuva, que nem aquele dia frio lá em Ipanema. Eu prefiro a mariana do sorriso fácil e das idéias loucas.
-nem tava frio.
-mariana, eu poderia te dizer vai passar, mas eu prefiro não me omitir. Não posso deixar que os teus dias se acabem enquanto tu dorme pra que eles passem mais rápido. Acorda, amor.
-e quando é que eu vou ler esse puxão de orelhas?
-não só vai ler como vai ouvir. tu vai ver que eu deixei no masculino, pra não ficar muito óbvio que é pra ti. e porque ficou mais sonoro também.
-ah, é uma música?
-é, tou terminando. Vem aqui em casa pra me ajudar a terminar ela. E traz cigarros, por favor. Fiquei sem.
-maço?
-sim. Cabem melhor no bolso.
-isso ainda vai te matar.
-eu vou morrer de cigarro e tu de angústia, se não vier logo ouvir o que eu tenho pra te dizer sobre esse absurdo que ta te consumindo.
-em meia hora eu tou aí.
-tou te esperando.


Pra quem não sabe, essa é verdadeira razão por que o Chico escreveu a música abaixo. Podem acreditar. ele escreveu umas outras pra mim, mas eu vou postando aos poucos, junto com as conversas que provam a nossa intimidade, pra vocês não acharem que eu sou louca e tou inventando.




Chico Buarque - Bom Conselho

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Vou pra rua e bebo a tempestade

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Que loucura, Jorge!


Porque a melhor coisa das minhas manhãs é ter Jorge Drexler cantando no meu ouvido enquanto eu vou pro trabalho.
Canta. Canta porque me hacies bien.

domingo, 15 de outubro de 2006

Diversão

ÊêeÊeÊêeÊêêe!!!! Hoje foi a festinha de aniversário da Isadora. Num lugar bem legal, cheio de brinquedos e máquinas de Pinball, Fliperamas, etc. Beeem divertido!
Primas
Parte das mulheres da família.
Luísa, botando o Alonso no chinelo.
Com muita elegância, claro, mostrando que dirigir de vestido e pé no chão não é pra qualquer uma.

Dei uma surra na minha irmã no Street Fighter.
2 rounds a 1.
ainda lembrava de algumas manhas da época em que passava noites nos flipers da praia, com um bando de maloqueiros naquela atmosfera cheirando a suor. bons tempos aqueles em que as fichinhas custavam bem menos do que 1 real.
(o meu tio tentou me atrapalhar ali, mas fracassou.)

terça-feira, 10 de outubro de 2006

A quem interessar possa:

não, eu não morri.

Obrigada pelos telefonemas preocupados, daqueles que se importam comigo e estranharam minha ausência no mundo virtual. O problema é o meu computador. Tá bem mal na UTI. Mas ele vai se recuperar.

Atualmente, estou mendigando acessos à internet na casa dos vizinhos e assemelhados.

Eu tou viva. BEM viva.

Não se preocupem. Tudo vai ficar bem.

P.S. A coisa mais engraçada dos últimos dias: acordei esses dias com MUITAS picadas de PULGA. Sim. Não me perguntem de onde ela surgiu...

"Minha filha, tu dormiu com algum cachorro?"
"Não, pai...com um gato!"

Se cuidem.
Eu volto em breve.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Degustação

Sábado foi dia de degustação de cervejas alemãs trazidas dentro dos meus sapatos, ensacadas cuidadosamente e despachadas sem dó na minha mala nº1, com mais 30 kg.
Sábado também foi dia de comer as massas trazidas diretamente do mercado público de Florença. Elas foram trazidas na minha modesta mochila de mão, que, tirando os 2,5 kg dos spaghettis, deveria ter mais uns 18 kg, por causa dos 3 canecos de chopp e mais umas lembrancinhas frágeis. O pior de tudo era que eu tinha que fazer cara de que ela tava levezinha, pra ninguém desconfiar e querer pesar. Suando, vermelha, carregando 20 kg nas costas, caminhando num ângulo de quase 90°, mas deu tudo certo.

Enfim, comilança e bebedeira de primeiro nível. Onde? Na casa da minha vó, claro, junto com os meus 6 tios com suas respectivas famílias o que totaliza umas 30 pessoas mais ou menos. Só os de casa. E é assim praticamente todo final de semana...ai, que coisamaislinda essa família!




Agora as latinhas enfeitam minha estante!

Crash Test Dummies - Mmmmm Mmmmm


Nostalgia: ON
Relembrem comigo esse clássico dos 90's, sempre presente nas reuniões dançantes, junto com Roxette e Nirvana.