terça-feira, 29 de novembro de 2005

O show

Eu tentei escrever alguma coisa sobre o show do Pearl Jam, mas não consegui.
Sei que tem um monte de gente em êxtase ainda então, tá aberto o blog pra quem quiser escrever a resenha. É só me mandar por e-mail que eu posto aqui COM OS DEVIDOS CRÉDITOS, porque eu não sou nenhuma pilantra.

A única coisa que eu consigo dizer é:

"TOCA O BOLO, EDDIE VEDDER!!!!!"

domingo, 27 de novembro de 2005

orgulho

Em toda a minha vida de torcedora gremista, não me lembro de nenhum jogo importante do meu time em que a partida tenha sido tranquila, fácil ou, pelo menos, NORMAL.
Não. Com o Grêmio tudo sempre foi dramático, arrastado, sofrido, emocionante ao extremo. Desde partidas do Gauchão até as da Libertadores.
Mas ontem, foi a superação. Um jogo histórico...sobrenatural eu diria.

Mais uma vez, o meu time levou todos os torcedores aos limites dos controles emocional, cardíaco e vocal.
Sorte? Merecimento? Raça? Não tem o que explique. Não se atrevam a querer justificar os acontecimentos.
O tricolor pôs em prova todas as teorias que rondam o futebol e mostrou que sim, tudo é possível até que o juiz apite o final da partida. Aconteça o que acontecer.
Em segundos, tudo se inverteu. E ficou chato até pros comentaristas, que EU OUVI, falaram que terminaríamos o campeonato da série B de maneira melancólica e chamaram o Grêmio de "várzea" depois de toda a confusão que no fim, se tornou pequena diante da vitória heróica.

Esse post não é pra falar sobre a atuação dos jogadores. Nem sobre a confusão e as baixarias. Nem sobre o juiz. Nem se as expulsões foram ou não merecidas, nem NADA desse tipo.

Eu escrevi aqui, só pra reforçar o meu mais profundo orgulho desse time que não se entrega nunca, esteja onde, como e COM QUANTOS estiver.

Salve Tricolor!

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

OutrasMentiras no CLARO QUE É ROCK


Pra quem achou que este era um blog amador, bagaceiro e chinelão, quebrem a cara:

O outrasmentiras terá um correspondente exclusivo no CLARO QUE É ROCK em São Paulo nesse final de semana.
Isso mesmo! Nosso querido Tialerson embarca hoje à noite para sua INDIEada na terra da garoa.

Em breve, teremos resenhas detalhadas sobre os shows, em especial, sobre o show do Flaming Lips!

Do you realize?

PROCURA-SE NA FÁBRICA

Os que já viram, estavam com saudades...os que ainda não viram, poderão corrigir essa imensa falha amanhã!

A banda Procura-se quem fez isso fará show nesse sábado, dia 26, na Metalúrgica Scavone (Plínio Brasil Milano, 1689).
Ingressos a 5 pilas e cerveja a 2.
A partir das 22:30 já dá pra ir chegando.

Apareçam!

É pra beber, cantar e se divertir. Eu garanto.

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Doação de Sangue! (clica aqui)

Tem uma pessoa muito querida minha que tá com leucemia e precisando MUITO de sangue de qualquer tipo!
Quem quiser/puder doar, entra em contato comigo que eu dou as coordenadas mais detalhadas.

Geralzão:

Requisitos básicos:
- Ter entre 18 e 65 anos
- Ter mais de 50 kg
- Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 24h

Local:
Banco de Sangue do Hospital São Lucas da PUC
2º andar
Telefone de lá: 3320.3455

Valeu.

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Sobre os ingressos...


Eu e o Tialerson já garantimos os nossos....

E tu?


* Ei! Acho até que a gente poderia se organizar e fazer uma concentração cervejística antes do show, hein, hein?! O que vocês acham?!
Daí só depois seremos separados pelos BRETES do Gigantinho: Povão aqui>, Burguesia ali>. Farei parte do primeiro grupo, lógico. Sigam-me os bons!

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Me diz o que tu vê aqui


Dica 1: Clica na imagem que ela aumenta de tamanho como num passe de mágica!
Dica 2: Pensa em inglês.

(quem me mandou essa imagem foi o Guto, do blog aí do lado)

Divirtam-se!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

É FATO.

Cartaz muito espertinho na frente do Colégio São Manuel aqui em Porto Alegre:


"DROGAS NA FAMÍLIA?
COMPARTILHE CONOSCO!"



Eu, hein.

(não sei que título colocar)

Daí eu fui cobrar do Tialerson o motivo pelo qual ele está tão poucamente (eu adoro inventar palavras) ativo neste blog.
Segue a conversa:

Magnólia: tu abandonou o blog?
Tialerson: tu não te ligou no meu papel no blog?
Magnólia: deveria ter me ligado? As pessoas acham que eu e o Tialerson somos a mesma pessoa.
Tialerson: foi só pra tu perder o medo de assumir um blog sozinha.
Magnólia: TU NÃO É LOUCO! eu não sei fazer um blog sozinha!
Tialerson: hehehe...tu mesmo se desmentiu com os teus posts...

Quando eu conheci o alter-ego do Tialerson, eu descobri que ainda existem pessoas que valem a pena nesse mundo. Um guri querido, inteligente, me ensinou a lidar com o meu computador de maneira civilizada, tem o melhor gosto musical do mundo, fala sobre QUALQUER assunto, conhece todas as bandas que eu gosto e sempre me apresenta outras que eu não conheço (e eu sempre gosto). Pra ele, eu posso despejar qualquer coisa que se passa na minha cabeça (e não é pouca coisa) que eu sei que ele vai entender e vai entrar no jogo sem me recriminar ou fazer perguntas idiotas.
Nos primórdios ele gostava de me irritar. Ainda hoje ele faz isso, mas agora é de um jeito tão leve, que eu não tenho coragem nem de xingar mais.

Agora, me vem com essa de que só entrou no blog pra me fazer perder o medo de escrever sozinha. Eu tinha medo, realmente...agora passou.
Só eu gostaria muito que o Tialerson escrevesse DE VERDADE aqui também, e não ficasse me engambelando. Porque ele tem histórias ótimas. E quando não tem, ele inventa. Que nem eu.

Eu adoro esse guri pq. ele me faz rir até quando eu tou PUTA DA CARA.

Bom, fica aqui o meu apelo.
Posta, Tialerson!

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Boa dica:

Tá cansado de levar aquele mesmo cd lotado de músicas com "segundas intenções" pra casa da namorada ou do namorado (ou o equivalente a esse posto)?
Kenny G nunca foi uma boa opção, eu sempre falei.
Seal já enjoou.
Sean Lennon não é todo mundo que gosta, daí pode rolar uma má impressão, ainda mais no primeiro encontro.
Air é sempre uma boa opção, pra quem conhece, claro.
Tá, Pink Floyd (assim como Led Zeppelin) é coringa, até quem não conhece gosta. Não tem erro...nunca enjoa mesmo. Pode continuar ouvindo na hora do vamuvê.
Pode continuar ouvindo também Barry white, Marvin Gaye e Isaak Hayes. Mas dá pra variar um pouco, olha só:

Eu tenho aqui uma dica infalível praqueles momentos mais íntimos: caros leitores, gravem STING.


Sim, o cara que teve aquela banda afudê acumula um arsenal infalível de músicas deliciosas pra serem ouvidas na horizontal - e variantes (com uma bela companhia, lógico).

Comecem com a versão de Little Wing, daí dá até pra puxar aquele papinho de quem é entendido de música (sempre agrada): "ó, essa música é do Jimi Hendrix, mas ouve essa versão que é tri boa..."
Sacaram a maldade?

Depois, sigam com I burn for you, Fragile, Be still my beating heart, Tea in the Sahara, They dance alone e Consider me gone, entre outras pérolas.

Pra hora da virada pro lado + cigarro, recomendo Bring on the night. Aposto que vai rolar até "air drums". Essa é mais animadinha, pra ninguém pegar no sono. Afinal, sempre tem um segundo tempo.


E não me venham com aquele cd da CARAS com "as melhores músicas românticas - volume I" que tem Every breathe you take. Esse melô do Big Brother tá mais que manjado e se o teu parceiro tiver mais de 2 neurônios, vai sacar o clichê. E tu não vai agradar.

Vai por mim.
Depois comenta se a minha dica deu certo.

domingo, 13 de novembro de 2005

Tell me what you see

The Beatles - Baby It's You
Album: Please Please Me
It's not the way you smile
That touched my heart
It's not the way you kiss
That tears me apart
Many many, many nights go by
I sit alone at home and I cry over you
What can I do?
Can't help myself
Cause baby it's you
Baby it's you
You should hear what they say about you:
"Cheat! Cheat!"
They say, they say you never, never ever been true:
"Cheat! Cheat!"
It doesn't matter what they say
I know I'm gonna love you any old way
What can I do? Then it's true
Don't want nobody, nobody
Cause baby it's you
Baby it's you
It doesn't matter what they say
I know I'm gonna love you any old way
What can I do? And it's true
Don't want nobody, nobody
Cause baby it's you
Baby it's you
Don't leave me all alone,
Come home
Quando a gente achou que tinha feito tudo e que não há mais nada pra se dizer, Eles aparecem com aquela sequência de frases que parecem ter sido escritas pra gente. Daí, nos resta torcer pra que a nossa tentativa de amolecer aquele coração gelado e cascudo dê certo!
Pra continuar nesse clima rrrrrromântico/dor de cotovelo, queridos ouvintes, mais dicas:
-I'll Get You
-No Reply
-If I Fell
-I Need You
-I Will
E, claro: não deixe de dançar "Here, There and Everywhere" de rostinho colado com sua amada...
De tempos em tempos, mais Beatles pra vocês...fiquem ligados!

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Dále! (CENSURADO)

(este post foi censurado pelo Tialerson. ele falou que iria embora daqui caso eu insistisse em deixar a imagem. como eu gosto mais dele do que do Boca Juniors, eu tirei.)

Agora: ele que venha tocar flauta no MEU time. Aí vai rolar a performance do Body Combat.

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

NÃO MEXE COMIGO.

Desde pequena (não que eu tenha crescido muito), eu sonhava em aprender alguma luta ou arte marcial. Sério.
Já pensei em fazer judô, boxe, karatê e tudo mais.
Mas eu nasci menininha, primeira filha e primeira neta pelo lado da minha mãe.
Daí, ÓBVIO que nunca me colocariam em qualquer um desses negócios PRA MENINO.

Fiz ballet, ginástica olímpica e natação.

Só que eu cresci (não muito) e, agora que já garanti minha feminilidade e delicadeza, pude ENFIM aprender alguns movimentos de socos, chutes, ganchos, cruzada de direita e esquerda, cotovelaços no queixo e até aquele chutão tipo voadora. Sim, eu faço Body Combat! E é a melhor coisa que existe numa academia. É o que realmente me faz ter energia pra (depois de 8 horas de atendimento frenético num hospital) ficar pulando e chutando criaturas imaginárias durante 1 hora e 15 minutos SEM PARAR.
Eu realmente me sinto a quarta integrante d'As Panteras.

A partir de agora, não recomendo mais que discutam comigo. Só pra avisar.


(A foto é pra dar mais medo)


quarta-feira, 9 de novembro de 2005

...e o Tialerson, hein?

Será que sou só eu que sustento essa JOÇA aqui??????

HUMPF!

O cérebro eletrônico

Não que seja inveja, mas tem épocas em que a gente bem que poderia funcionar como o computador.
Queria poder travar e desligar sem ter que dar satisfações. E, depois, quando fosse reiniciada, eu seria dotada de um scandisc que corrigisse todos os erros da sessão anterior que encerrou incorretamente e o melhor: apagasse os erros da memória.
Podia ainda, ter um navegador com um botão "atualizar". (Eu me sinto muito old fashioned em alguns momentos).
O botão "parar" seria outra coisa muito útil. Desistiu? Viu que a faculdade que tu escolheu não era bem isso? Entrou no lugar errado? Caiu de pára-quedas naquela relação doentia? Quer acabar com tudo antes que começe? Clica em "parar" e tudo certo.
Nem vou entrar no mérito dos botões "voltar" e "avançar" porque seria petulância e irresponsabilidade demais poder controlar o tempo.
O histórico atuaria como um: "olha só, tu já entrou nessa e não gostou" ou "te lembra que tu já viu isso e foi legal?". Seria ótimo pros momentos de "esquecimento".
A seção "Favoritos" é como o coração. A gente vai adicionando tudo o que gosta. E fica tudo ali: no lugarzinho VIP. Mas se a gente funcionasse como a máquina, seria bem mais simples excluir alguém de lá. E melhor: sem nenhum ressentimento.
Mas eu faria questão de um bloqueador de popups. Popups são aquelas pessoas chatas que saltam na tua frente quando a gente menos espera. Normalmente ninguém dá a mínima bola pros popups e foge deles o mais rápido possível. Pra evitar constrangimentos: repelente contra chatos.
Eu sei que eu sou exigente, mas só mais uma coisinha: um atalho pro google. Daí nunca mais alguém ficaria boiando nos assuntos.

Mas tem dois botões que seriam os mais importantes: "ir" e "home".
Porque o ser humano só é realmente completo quando tem raízes e asas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Sonhos bizarros - Parte I: Futebolísticos


Eu já sonhei que:

1. eu era goleira do Santos e sofria pra fazer as defesas por causa da minha miopia. Dilema: jogar de óculos não dava (as lentes embaçavam com o suor) e sem óculos eu não enxergava a bola. Foi um jogo tenso.

2. o Platini (foto) recuperou o meu celular roubado e veio de avião, de Belo Horizonte, me entregar pessoalmente o telefone na minha casa.

3. eu jogava no Vasco. Durante a partida, fiz meu 10º gol no campeonato e o 111º na carreira. Apareceu escrito no placar.

domingo, 6 de novembro de 2005

No verão é...

PROIBIDO:

1.Calça Jeans
2.tênis e meia
3.cabelo solto roçando no pescoço
4.leite em temperatura ambiente
5.perfumes doces
6.relógios, anéis e pulseiras
7.um banho só por dia
8.feijão
9.coisas feitas no forno
10.batom escuro
11.cinto
12.gravata
13.camisa manga longa
14.jaquetinha da adidas
15.fritura
16.café
17.ônibus lotado
18.porto alegre
19.moletom amarrado na cintura
20.ficar na frente da churrasqueira assando o churrasco
21.sauna
22.carro estacionado no sol


PERMITIDO:

1.saias, bermudas e vestidos
2.havaianas, sandálias, tamanquinhos e semelhantes
3.piranha (de prender o cabelo), borrachinha de cabelo e passadores
4.leite gelado
5.perfumes cítricos ou uma colônia pós banho
6.escassez de acessórios
7.muitos banhos (de chuveiro, de mangueira, de banheira, de piscina, de chuva, de mar...)
8.salada, gelatina, iogurte (gelado), sanduíche, e frutos do mar
9.sorvete e picolé
10.batom clarinho ou NADA
11.camiseta
12.biquíni e calção de banho
13.grelhados
14.carro com ar condicionado
15.muita água
16.aguar a grama
17.cortar caminho por dentro do shopping só pra pegar o arzinho gelado
18.chopp
19.melancia, chuchu (sim, eu gosto) e outras frutas, verduras e legumes
20.caminhar na beira da praia com os pés na água
21.jogo de taco no final da tarde
22.banho de mar e piscina de noite

Quando eu assinava Capricho sempre tinha umas listas assim. Eram TRI úteis.

Fica aqui minha singela homenagem à revista que me ajudou (durante 5 anos) a entender (?!) os guris, tirou todas as minhas dúvidas (desde como fazer intercâmbio na Austrália e biscoitinhos de natal, até pra que serve o DIU e como limpar o aparelho dos dentes), explicou que existe hímem complacente e que por isso a primeira vez nem sempre sangra e que, DEFINITIVAMENTE, bota de cano curto não combina com mini-saia, dentre muitas outras coisas que merecem um post individual.

Por enquanto: Obrigada, Capricho!


sábado, 5 de novembro de 2005

Em terra de cego, quem tem olho ajuda o narrador.


Do que o ser humano é capaz quando não está sendo observado?
O que são as pessoas quando comandadas apenas pelos instintos?
Do que somos capazes para garantir nossa sobrevivência?
(Não, isso não é o anúncio da nova edição de "survivors" ou "no limite", mas poderia ser)

José Saramago vai muito além da discussão clichê "no fundo somos todos cegos ainda que enxerguemos".
Ensaio sobre a cegueira, relata o caos de um lugar onde toda a população fica cega num piscar de olhos (literalmente) e, um a um, mergulham em uma cegueira branca, contrariando a associação comum dessa deficiência com a escuridão. O desepero aumenta quando os cegos são arrebanhados e levados a um manicômio desativado. Amontoados lá dentro, a única lei que rege é a da sobrevivência.

Diálogos separados apenas por vírgulas, exigem o mínimo de concentração durante a leitura.
Além disso, não existe nenhuma pista histórica que situe o romance, fazendo dele um retrato contundente da condição humana justamente pela ausência de marcadores de tempo, espaço e identidade. Personagens sem nomes, são identificadas por características físicas, profissão ou parentesco. "Todas elas, temem muito mais a revelação do que realmente são do que a sensação de impotência causada pela cegueira".

Leitura maciça, capaz de prender até os leitores mais aéreos e dispersivos (eu) da primeira à última página.

Acima de tudo, uma grande metáfora levada até as últimas conseqüências que faz pensar sobre moral e ética.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Diarinho News


Dois putos caem com 1kg de droga na barriga

Os caras se empapuçaram com o pó do diabo em pleno dia dos mortos. Só podia dar merda

Na tarde de quarta-feira, Anderson David Áries Sena, 19, e Manoel Edvaldo Ortiz Gil, 24, foram grampeados pelos meganhas peixeiros, na divisa de Itajaí com Balneário Camboriú. Os dois safados acharam que por ser feriado, os policiais estariam dormindo, mas tavam errados e se phoderam. Eles estavam em um busão que foi interceptado às margens da BR-101.

Alguém que não vai muito com a cara do Sena e do Gil cagüetou os dois pra PM. E fez um bem à sociedade. É que numa revista normal os caras sairiam de boa, já que os fiadasputa comeram um monte de cápsulas de cocaína, que ficaram escondidinhas no bucho. Mas como os PMs tavam a par de tudo, não teve choro nem vela. Os aviõezinhos do tráfico foram encaminhados pro hospital Marieta Borráuse, pra ser realizada uma radiografia, que constatou que eles tinham comido a porcariada mesmo.

De acordo com os barnabés do Marieta, Sena engoliu 77 cápsulas de cocaína, e Gil se empapuçou com 93. A droga, misturada com bicarbonato de sódio, tá dividida em cápsulas de cinco e oito gramas. Parece pouco, mas se somar tudo, tem praticamente 1kg do pozinho do diabo na pança dos jaguaras.

Os putos estavam no hospital, onde foram submetidos a lavagens até cagar as cápsulas pra fora, igual cabrito. O Sena já botou pra fora as 77, enquanto o Gil mandou 92 e ficou faltando uma baguinha. Os safados iriam ainda ontem fazer um tur e conhecer a delegacia de polícia Federal de Itajaí. Eles vinham de Ponta Porã (divisa com o Paraguai), no Mato Grosso do Sul, e receberiam 800 pila pelo transporte. Vai fazer pilantragem no dia dos mortos dá nisso. É dia de respeito, pô!

Fonte: melhor jornal do universo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Tialerson por ele mesmo - parte 1

* Tinha 6 dedos no pé, chegou à conclusão de que, por ser canhoto, não conseguiria usar o sexto dedo para fazer cruzamentos de efeito nas peladas de sábado a tarde. Passou um ano rapando o desgarrado na laje do quintal de casa por pelo menos meia-hora. Agora desfila graciosamente pelo calçadão de Cidreira com o seu Raider, ostentando seus cinco dedos de cada pé.

* Aprendeu que é coisa de pessoa inteligente falar em terceira pessoa.

Início e fim

Eu sempre fui uma pessoa que nunca teve problemas pra iniciar coisas.
Coisas, quaisquer que sejam: trabalhos, cartas, arrumações extraordinárias no meu quarto, livros, relacionamentos, conversas, academia, projetos científicos...

No início é tudo muito legal e, como eu sempre tive uma mente que meio que se atropela sozinha, pela minha intensa capacidade de imaginação e criatividade (o que nem sempre é bom), começar sempre foi muito tranquilo. Até porque, os meus inícios normalmente são fruto de um surto intempestivo ou um momento de impulsividade.

O problema tá é no fim.
Sim, porque se eu começo 10 coisas ao mesmo tempo (e eu começo mesmo), se eu acabar uma delas é lucro. Eu simplesmente não consigo pôr fim nos meus começos. E isso é terrível.
Eu durmo e acordo pensando nas coisas pendentes. E daí, tudo chega num limite (e o limite pode esperar durante meses) e eu acabo tendo que tomar medidas drásticas.

Por exemplo: meu roupeiro tá um caos há muito tempo. E há muito tempo eu venho dizendo que tenho que arrumar. Bom, ontem foi o limite: abri a porta, enfiei a mão na lateral das prateleiras até chegar ao fundo e derramei todas as roupas no chão. Mas, como era feriado, eu deixei tudo assim no chão mesmo e saí.
Aproveitei o dia.
Quando cheguei, mais à noite, já na porta do quarto vi a cena deprimente: putz. agora serei obrigada a arrumar. Afinal, eu preciso ENTRAR no quarto.
E, enfim, arrumei. Solução: eu mesma me castigo. Porque, eu sou o meu carrasco e meu escravo, meu patrão e minha empregada, o cavaleiro e o cavalo...eu venho sempre de dupla. Mais que isso: eu sou umas quantas.

Tudo piora quando as pessoas começam a te cobrar um fim. E isso acontece, lógico. Nenhum chefe pede um relatório pra daqui 4 meses, por exemplo. E cobranças (inclusive as bancárias) me deixam no último grau de stress. Mas como eu sou minha própria chefe (e não é à toa que eu sou profissional autônoma), não tive muitos problemas com isso ainda.

Eu sempre deixo pra depois o que eu deveria fazer hoje. Isso é mais que comprovado.

Enfim, tem mais coisas caóticas chegando no meu limite.
E depois que eu decido, modéstia à parte, meus finais são sempre imbatíveis. Fica tudo muito bem acabado.

Agora, eu realmente não sei como pôr fim nesse post.
Podia me despedir com uma música (The Doors, por exemplo, falando do Fim), ou com uma mensagem do tipo "amigos são anjos que caíram do céu..." mas até hoje, o melhor jeito que eu encontrei pra acabar as minhas coisas, é o ponto final.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Insustentavelmente Leve


Se "A Insustentável Leveza do Ser" não é a melhor obra da categoria soco na boca do estômago, então eu não sei qual é.
Milan Kundera nos atinge em cheio quando desnuda as relações humanas, instiga a razão dos nossos atos e propõe uma reflexão aparentemente sutil sobre conceitos antagônicos: peso/leveza, forte/fraco, apego/liberdade, guerra/paz.
Tendo a Primavera de Praga como pano de fundo, a obra de Kundera facilita o entendimento de atos e escolhas que, à primeira vista, podem soar como "inconseqüências" mas que são perfeitamente cabíveis dentro da filosofia "só se vive uma vez".
De tão leve, chega a ser insustentavelmente pesado.

Personagens característicos, parecem ser a personificação dos sentimentos mais primitivos da humanidade: quatro extremos; quatro linhas paralelas que, contrariando todas as leis, se cruzam em determinados pontos.

Sobre o filme: Indispensável a leitura prévia. Do contrário, não passa de um aglomerado de clichês num triângulo amoroso superficial.
Elenco de peso: Daniel Day-Lewis, Lena Olin e Juliette Binoche, direção de Philip Kaufman.
Recomendado pra ilustrar o livro. Sempre lembrando que adaptações de livros normalmente pecam pela ausência de detalhes preciosos.

Depois do fim, cai aquela mochila de culpa que a gente normalmente carrega, afinal, "o homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento."

Nota: Não confundir com o "ligar o foda-se".

(A imagem que ilustra esse post é do filme, não do livro)