Quem me conhece sabe que, por ser de um signo regido pelo elemento AR, sou extremamente mutável. Nos mais diversos sentidos. Na música, inclusive.
Não que eu MUDE de gosto musical. Mas eu vou adicionando coisas dos mais variados estilos, com uma única condição: tem que ser bom, no mínimo.
Tem coisas que são básicas, como Beatles e Pink Floyd. Led Zeppelin e Jimi Hendrix também.
Eu já tive a fase Nirvana, Alanis Morissette, Red Hot e Pearl Jam, depois a fase tropicalista (quando eu era hippie), Janis Joplin, e a trilha sonora do Hair - o filme.
Mas desde 2003, eu ouço muita coisa que consideram INDIE (eu demorei pra entender esse "rótulo"): Belle&Sebastian, Flaming Lips, Pixies, Weezer, Kinks, Stereolab, Supergrass, Seterophonics, Air, Badly Drawn Boy, Ben Folds, The Dandy Warhols, Ben Kweller, Cake, Placebo e outras coisas do tipo.
Vieram Los Hermanos, Ludov, Moby e nada mudou muito.
Tive a fase Sean Lennon e comecei a sentir uma ponta de preconceito de algumas pessoas.
Voltei a ouvir The Police e conheci mais o Sting.
Ouvi The Cure, Bee Gees, Abba, Creedence, Pet Shop Boys, Madonna, Cindy Lauper, Michael Jackson, The Byrds, Cat Stevens, Minnie Ripperton, Tracy Bonham, Neil Young. (signo de AR, lembram?)
Depois, segui ouvindo Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Astor Piazzolla (que era muito usado nas aulas de expressão corporal, no teatro) e fiquei meio chatona e metida, admito.
(Notem que uma coisa nunca tem muto a ver com a outra).
Por ter visto um show do Bob Dylan (por míseros $10,-), me puxei em ouvir mais coisas dele.
Lou Reed e David Bowie sempre estiveram presentes.
As músicas inocentes, singelas e queridas da Jovem Guarda também.
E, por fim, os sambas de raiz que (pasmem para o momento da confissão): me fazem ferver o sangue. Eu sou brasileira de verdade e adoro samba bem feito.
Eu devo muita coisa pra um monte de gente. Pessoas que foram definitivas na construção do meu gosto musical:
-meu pai, por causa dos beatles e das músicas da jovem guarda, principalmente (e pq. ele me criou cantando "gatinha manhosa") e pelos sambas de raiz.
-o meu primeiro namorado, por mais beatles, todo o pink floyd, led zeppelin, jimi hendrix , coisas do brasil (caetano, gil, chico e coisas tipo raul seixas, secos e molhados e mutantes).
-o Scooby, pelo arsenal indie e o magnífico Ben Folds Five
-o Thiago pela salada musical que ele fez em mim, só de coisas espetaculares, durante todo o tempo que a gente se conhece. Pq. ele é a pessoa que mais me conhece no quesito música, principalmente. Sempre acerta.
-o Guto pelas coisas freak e bizarras (tipo M.I.A.) e coisas trimassa que ele resgatou, tipo The Cure.
-minha ex-chefe e agora colega Ligia Motta, pela Lhasa de Sela, músicas portuguesas, Yo Yo Ma, e Adriana Deffenti.
Só que o maior preconceito musical que eu já sofri até hoje, no meu reduto social, foi quando eu falei que estava ouvindo (e gostando) uma banda chamada
Dream Theater. quase fui expulsa do lugar, me negaram cerveja e ficaram me chamando de metaleira durante todo o tempo. Isso é preconceito e dá cadeia!
Gente, as músicas são excelentes! Ouçam, se é que vocês confiam no meu (bom) gosto musical. E vocês CONFIAM, que eu sei.
Eu sei que vão me xingar nos comments, mas eu tinha que compartilhar isso.
Tá certo que a pessoa que me apresentou DT, tentou me fazer gostar de Pain of Salvation, mas não rolou.
-por último: obrigada vinícius, por ter me feito escutar Dream Theater. E por ter provado que eu realmente gosto de tudo que é bom, independente do rótulo.
Se fodam os que me xingarem.
\m/